Escolas cívico-militares em Marília dependerão de aprovação da população, dizem prefeito eleito e futura secretária da Educação
- Adilson de Lucca
- 25 de nov. de 2024
- 3 min de leitura

Implantação de escolas cívicos-militares em Marília, na gestão do prefeito eleito Vinícius Camarinha (PSDB), vai depender da vontade da maioria da população.
Posição nesse sentido foi explicada em entrevista coletiva, após pergunta do jornalista Marco Zaparolli (Grupo Portal de Notícias), direcionada à futura secretária municipal da Educação, Cilmara Carreiro Piza.
Antes que a secretária respondesse o questionamento, o próprio prefeito eleito adiantou a posição. "Nós colocamos no nosso plano de governo a possibilidade de ter (escolas cívico-militares). Se for o caso, vamos examinar, olhar, ouvir a nossa educação e a nossa população".
No programa de governo de Vinicius consta a implantação de escolas cívico-militares em parceria com o Governo do Estado. Não cita consulta à população para cumprimento da promessa.
A secretária seguiu a mesma linha do prefeito. "Quem já trabalhou comigo sabe que não sou secretária de gabinete, e busco entender qual o anseio da população. A necessidade ou não (de escolas cívico-militares), que é um debate em nível nacional, vai depender de ouvirmos os alunos, familiares e os funcionários da Educação. Esse é o primeiro grande passo", afirmou.
Cilmara (ex-diretora Regional de Ensino) disse ainda que o prefeito eleito exerce a democracia, dando à população o direito de fazer o mesmo. "Vamos trabalhar de acordo com os anseios da população", ratificou.

A futura secretária municipal da Educação, Cilmara Carreiro Piza
O QUE É ESCOLA CÍVICO-MILITAR
Uma escola cívico-militar é o modelo de instituição de ensino com gestão compartilhada entre educadores e militares em escolas públicas de ensino regular que possuem as etapas de Ensino Fundamental II e/ou Ensino Médio.
Nas escolas cívico-militares, existe a atuação das secretarias estaduais de Educação, que ficam responsáveis pelo currículo escolar; os professores e demais profissionais da educação, responsáveis pelo trabalho didático-pedagógico; e os militares, que podem ser integrantes da Polícia Militar ou das Forças Armadas, que atuam como monitores na gestão educacional, estabelecendo normas de convivência e aplicando medidas disciplinares.
Quem pode estudar em escola Cívico-militar?
As escolas cívico-militares são oferecidas a partir do Ensino Fundamental 2 e/ou Ensino Médio, a depender da instituição que adota os modelos. A admissão dos alunos é feita por matrícula ou transferência, de acordo com a instituição e o número de vagas disponíveis na unidade. Além da disponibilidade de vagas, pode ser preciso fazer uma prova.
Quais são as regras de uma escola Cívico-militar?
As regras de uma escola Cívico-Militar constam no manual elaborado pelo Ministério da Educação. Algumas delas são, conforme o manual:
A bandeira nacional deverá ser hasteada diariamente nas escolas cívico-militares, e os horários e a participação dos alunos ficarão a cargo de cada escola;
A escola deve, sempre que possível, manter o número máximo de 30 alunos por sala;
O comportamento dos alunos será avaliado e classificado numericamente, dentro da seguinte escala: Grau 10 - Excepcional, Grau 9 a 9,99 - Ótimo, Grau 6 a 8,99 - Bom, Grau 5 a 5,99 - Regular, Grau 3 a 4,99 - Insuficiente, Grau 0 a 2,99 – Mau;
Para alunos do sexo feminino, será permitido o uso de cabelos curtos ("cujo comprimento se mantém acima da gola do uniforme") ou longos, desde que presos com penteados em trança simples ou rabo de cavalo;
Para alunos do sexo masculino, só será permitido o uso de cabelos curtos, cortados "de modo a manter nítidos os contornos junto às orelhas e o pescoço", na tonalidade natural e sem adereços.











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