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Por Adilson de Lucca

Fábio Protetor recorre ao TSE e diz que "o PSB de São Paulo não gosta de preto, pobre e gay"

Atualizado: 30 de mai. de 2023


"O PSB de São Paulo não gosta de preto, pobre e gay". A reclamação é do protetor de animais Fábio Alves Cabral, o Fábio Protetor, se colocando nesta posição e comentando ao JORNAL DO POVO a posição do comando do partido na Capital, em relação ao imbróglio envolvendo ele e o médico Sérgio Antonio Nechar, o dr. Nechar, pela cadeira na Câmara de Marília deixada pelo vereador Ivan Negão, que faleceu de infarto no dia 5 de janeiro deste ano.

"O Ivan mal tinha falecido, ele morreu no começo da madrugada e as 5 horas da manhã do dia de sua morte, o Nechar e assessores dele já estavam correndo para São Paulo, para pegar uma ficha de refiliação no PSB. Muita frieza e desejo pelo poder", considerou Fábio Protetor.

Segundo suplente de vereador nas eleições de 2020 (quando obteve 1.105 votos) Fábio pretendia assumir a vaga na Câmara alegando que Nechar (que conseguiu 1.147 votos) havia se desfiliado da legenda após o pleito eleitoral e , portanto, havia quebrado o vínculo com o partido.

"O comando do PSB em Marília foi muito decente comigo, atencioso e correto, defendendo a legalidade. Não tenho nada a reclamar dos dirigentes do partido em Marília, ao contrário de como agiram os dirigentes do PSB em São Paulo, que fez uma ficha de filiação fajuta lá dentro do partido somente para favorecer o médico doutor Nechar", disse Fábio Protetor.

Nesse contexto, ele refere-se à uma declaração emitida pelo comando do PSB em São Paulo atestando que Nechar estava refiliado ao partido desde o dia 22 de fevereiro de 2022.

Este documento foi determinante em uma ação judicial impetrada por Nechar na qual ele obteve uma liminar para assumir a cadeira no Legislativo, no dia 6 de fevereiro deste ano.

Entre a morte de Ivan Negão e a decisão judicial (período do férias na Câmara Municipal), o presidente do Legislativo, Eduardo Nascimento, rejeitou dar posse ao primeiro suplente, alegando justamente a questão da desfiliação partidária dele.

Fábio Protetor acompanhou o imbróglio e após a liminar obtida por Nechar, ele decidiu ingressar com ação na Justiça Eleitoral, requerendo a vaga na Câmara.

JULGAMENTO NO TRE

Na quinta-feira passada (25), o Tribunal Regional Eleitoral (TRE/SP), julgou a Ação declaratória de ausência de justa causa para desfiliação partidária e perda do mandato eletivo ajuizada por Fábio Protetor e decidiu que Nechar permanece como vereador.

RECURSO NO TSE

Após o julgamento no TRE, Fábio Protetor decidiu que vai recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral. "A fila anda. Confio na Justiça e que essa situação vai ser revertida. Assumir a vaga de vereador é meu direito. O Nechar saiu do partido porque ele quis. Parabéns ao PSB de Marília que logo viu isso, mas os dirigentes do partido em São Paulo, repito, não foram leais e fiquei indignado com isso".

Fábio ressalta que deu votos para o partido. "Em duas eleições (2016 e 2020) como candidato a vereador fui bem votado, ajudando o partido. Fico muito triste com esta situação, mas vou buscar o meu direito para sentar na cadeira de vereador e defender os direitos dos animais, do público LGBT e da população que sofre com o caos na saúde".





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