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Furto de hidrômetros: um ataque silencioso que coloca o abastecimento em risco e traz prejuízo para toda cidade

  • Foto do escritor:  J. POVO- MARÍLIA
    J. POVO- MARÍLIA
  • há 52 minutos
  • 2 min de leitura
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Marília convive há anos com uma prática que ameaça o abastecimento de água: o furto de hidrômetros, equipamentos essenciais para que a água chegue às casas e comércios. Esse crime segue um ciclo previsível: alguém furta, outro compra, alguém lucra. E, enquanto isso, a cidade inteira sofre as consequências.

A Polícia Civil tem realizado uma série de apreensões em um trabalho sério que merece reconhecimento. Recentemente, diversos hidrômetros foram apreendidos, muitos sem registro em Boletins de Ocorrência (B.O.). Cada equipamento possui número de série único, vinculado ao Cadastro do Cliente (CDC), mas somente com o B.O. registrado é possível rastrear sua origem. A RIC Ambiental tem colaborado na rastreabilidade desses equipamentos para facilitar a investigação policial e responsabilização dos criminosos. A eficácia dessas operações depende do esforço conjunto de todos.

A apresentação do B.O. à RIC Ambiental isenta o cliente do pagamento pela substituição do hidrômetro furtado. Já a ausência desse registro, responsabiliza o proprietário pelos custos de substituição do hidrômetro, e caso seja encontrado posteriormente em posse de terceiros, o titular do imóvel poderá ser chamado à Delegacia para prestar esclarecimentos.

Ainda assim, essas medidas não eliminam o problema por completo. Enquanto existir uma rede que sustenta esses crimes, essas práticas continuarão ocorrendo. O furto de hidrômetros é crime previsto no artigo 155 do Código Penal, assim como sua compra, que configura receptação (artigo 180), ambos com pena de 1 a 4 anos de reclusão e multa. Não existe receptação “inocente”, quem adquire esses equipamentos financia o próximo crime e também precisa ser responsabilizado.

E as consequências vão além da ilegalidade: quando um hidrômetro é furtado, o prejuízo não é apenas financeiro. É o risco de interrupção no fornecimento e a equipe da RIC Ambiental sendo desviada de outras funções para reparar esse dano causado por criminosos. A concessionária substitui os equipamentos e restaura o sistema o mais rápido possível, mas não há reposição que apague o transtorno e a insegurança que isso gera.

Aqui, é fundamental reconhecer o papel de quem denuncia. Cada ligação, mensagem anônima ou informação passada à polícia ou à RIC Ambiental ajudam a interromper esse ciclo. A colaboração de empresas do setor de reciclagem também é essencial: caso alguém tente vender esses equipamentos, a recomendação é recusar imediatamente a oferta e denunciar à Polícia.

O furto de hidrômetros não é um problema técnico, é um ataque ao direito básico de acesso à água. E todo ataque precisa de resposta. Resposta firme, coordenada, sem espaço para conivência ou indiferença. Porque quando um crime ameaça a água que chega à sua casa, não é só o abastecimento que está em risco, é a sua qualidade de vida.

Juntos, por Marília e para Marília!

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Engenheiro Julio F. Neves

Superintendente Comercial e de Comunicação

RIC Ambiental – Água e Esgoto de Marília S.A.

 
 
 
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