Um perfil falso no Facebook, com menção de endereço que seria de uma suposta moradora da zona norte de Marília, com pedidos de dinheiro para compra de alimentos e remédios para crianças, está gerando polêmica e indignação de internautas e vítimas da fraude.
As mensagens com apelos e pedidos de dinheiro são replicadas em páginas do Facebook em várias cidades do Estado, inclusive igrejas.
"Alguém pode me ajudar com 5 reais para eu comprar o leite do meu filho, eu estou desempregada. Eu estou dando água para o meu filho porque não tem leite para o bebe tomar, ele tem apenas 1 ano e 8 meses. Deus senhor levanta alguém dessa comunidade para me ajudar a fazer uma compra para casa. Deus me ajuda irmãos me encontro desempregada com 3 crianças", cita uma das postagens na página do Facebook.
ENDEREÇO INEXISTENTE EM MARÍLIA
A conselheira Liozina Saraiva, do Conselho Tutelar de Marília, disse ao JORNAL DO POVO que o órgão já recebeu denúncias sobre este caso. "Fomos até o endereço em Marília, que seria da mulher que pede ajuda na página do Facebook, mas o mesmo não existe. Na rua indicada (Hermes da Fonseca) não existe o número citado", explicou.
Liozina disse que a mulher apontada no perfil reside em Penápolis (115 quilômetros de Marília) e o Conselho Tutelar daquela cidade já manteve contato com ela e a orientou a registrar um Boletim de Ocorrência sobre a fraude.
CONTA HACKEADA
O Conselho Tutelar de Penápolis informou que conselheiros foram até a residência da mulher, de 26 anos, que consta perfil do Facebook denunciado, naquela cidade, e ela informou que teve sua conta hackeada, surgindo a partir de então fotos suas e de seus filhos pedindo ajuda financeira, com número de PIX que alegou não ser seu.
Orientada pelos conselheiros, a mulher, segundo o órgão, registrou Boletim de Ocorrência sobre o caso na Delegacia de Polícia de Penápolis, no dia 13 deste mês.
Apesar disso, o perfil com mesmo nome, apontado como fake, continua ativo na rede social com fotos e postagens.
Uma internauta encaminhou mensagem ao JORNAL DO POVO denunciando que, mesmo após a atuação do Conselho Tutelar e o registro do B.O, uma chave PIX com o nome da mulher abordada em Penápolis continuou ativa e recebendo valores.
O JP tentou contato com o telefone celular indicado nas postagens, mas as ligações deram como "número inexistente".
Operação de PIX realizada após a denúncia apurada pelo Conselho Tutelar de Penápolis
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