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  • Foto do escritor J. POVO- MARÍLIA

Hoje faz 50 anos que um meteorito caiu em Marília. Fato histórico gerou o Dia do Meteorito


Hoje, 5 de Outubro, é celebrado em Marília o Dia do Meteorito. Projeto de Lei nesse sentido, de autoria do vereador Evandro Galete (PSDB), foi aprovado pela Câmara de Marília em março de 2019 e se tornou Lei Municipal (8403/2019).

E hoje, também faz exatos 50 anos (5/10/1971)que um meteorito caiu aqui na cidade, na região da Rua São Carlos, Bairro Alto Cafezal, Zona Oeste de Marília.

Sete fragmentos do meteorito foram coletados em diferentes pontos da cidade por estudiosos e recuperados. O maior deles no número 392 da Rua São Carlos.

À época, o fato ganhou repercussão mundial e até hoje os fragmentos deste meteorito, que recebeu o nome Marília, são estudados por cientistas dos Estados Unidos, da Europa e também pelos cientistas brasileiros. O objetivo do projeto é incentivar os marilienses a buscar o conhecimento científico através da astronomia e da tecnologia aeroespacial.

Galete decidiu eternizar a data através do Projeto de Lei. "Isso porque raros marilienses sabiam deste fato que colocou o município de Marília na rota da astronomia mundial", comenta.

O vereador ressalta ainda que o pedido de inclusão do Dia do Meteorito Marília partiu de entusiastas da astronomia em Marília, incluindo o Grupo Regional de Astronomia de Marília, o Grama, e do doutor Ivan Paulino, cientista brasileiro que trabalha na Nasa.

Vereador Evandro Galete

SÉRIE COSMOS

Fragmentos deste corpo celeste se encontram atualmente em museus de Londres e EUA. Na série 'Cosmos', mas a versão com o cientista Neil Tyson. E, no primeiro episódio, ao final, o Neil relata o dia em que ele conheceu Carl Sagan (o cientista que concebeu a primeira versão desta série e facilitou a disseminação dos conhecimentos do espaço).

Neil, é um senhor negro e, como você sabe, um afrodescendente sofre as segregações em solo americano (só lembrar o peso-pesado Cassius Clay/Muhammad Ali disse o que viveu mesmo após ter ganhado a medalha de ouro em nome da América), e ele sintetiza que, o que mais lhe chamou a atenção no cientista Carl Sagan não foi seu imenso conhecimento sobre espaço, mundos e o sideral, mas sim a sua humanidade, o quanto era ligado às coisas humanas, ao próximo.

GRUPO DE ASTRONOMIA

O Grupo Regional de Astronomia de Marília (www.grama.org.br), tem o objetivo de promover palestras, conferências, feiras de ciências e outros eventos científicos, atividades culturais, como mostras, concursos e exposições e eventos de observação do céu com telescópios, no intuito de conscientizar a população sobre esse acontecimento que faz parte do patrimônio histórico da cidade.

O Sastrom (Sistema Astronômico de Marília) lançou uma página com relato histórico, imagens e detalhes para marcar os 50 anos da queda do Meteorito Marília, um conjunto de fragmentos estudado por especialistas e divulgado em nove museus do Brasil, Estados Unidos, Itália e Inglaterra.

A queda do meteorito na cidade de Marília ocorreu entre 17h e 17h30 no dia 5 de outubro de 1971, uma terça-feira. Vários fragmentos ficaram espalhados por pelo menos sete pontos da cidade, como a rua São Carlos, no centro, e na zona sul da cidade e Distrito de Lácio.

Gomes & Keil (1980) listaram o destino de 1672 g dos fragmentos do meteorito Marília, considerando as coleções de museus nacionais e estrangeiros. No Brasil, o maior fragmento pesando 780g permanece com o professor Avanzo e está em empréstimo ao Instituto de Geociências da UFBA (Figura 1). Para o Instituto de Geociências da USP são citados 10 fragmentos totalizando 610 g, contudo atualmente há apenas um fragmento no acervo do Museu de Geociências pesando 351,21g, (mostrado na Figura 6). Um fragmento não listado nesse trabalho, pesando cerca de 30g, está exposto no Museu de Minerais, Minérios e Rochas Heinz Ebert na UNESP – Rio Claro, tendo sido doado diretamente pelo Prof. Avanzo. Dois pequenos fragmentos também estão presentes na coleção do Museu Municipal Tancredo Fernandes de Mello em Santa Vitória do Palmar - RS, doados por José Maria Monzon Pereira. Além desses, vários fragmentos pequenos estão em coleções particulares brasileiras como as de: Alessandro Takeda, AM Meteorites - André Moutinho, Edgar Indalecio Smaniotto, Emanuel Foglietto, Gabriel Gonçalves Silva, José Carlos de Medeiros Júnior, Rodrigo Guerra, Suzanne De Paula (Meteoritical Bulletin Database, 2021). Provavelmente todos os fragmentos das coleções particulares listadas e a do Museu Municipal Tancredo Fernandes de Mello vieram do único fragmento de cerca de 99g, de procedência do Sr. Frodolino Osman (Figura 4) que foi então comprado pelo colecionador e comerciante José Maria Monzon Pereira. Uma amostra, também vinda deste fragmento, pesando 1,1g foi doada para o Grupo Regional de Astronomia de Marília (GRAMA) para ficar permanentemente em exposição na cidade. Por fim, além desses, há espécimes preservados por curiosos da época da queda, como do Sr. Albertino Zukeiran, que ainda possui um total de 9 fragmentos com peso total estimado em 19,7g.

Fora do Brasil, fragmentos do meteorito Marília figuram em coleções particulares e institucionais. Na Tabela 2 há uma lista de instituições estrangeiras (museus e universidades) onde foi possível verificar a presença de fragmentos em seus acervos. Algumas dessas instituições já constavam na lista fornecida por Gomes & Keil (1980) e tiveram suas massas atualizadas.



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