Um homem de 27 anos, L.O.S, residente na zona sul de Marília, que foi indiciado em inquérito policial conduzido pelo delegado Sebastião de Castro, do 1° Distrito Policial e virou réu em ação criminal na Justiça, após ter sido flagrado sob prática maus-tratos contra um cachorro, o qual morreu amarrado, doente e caquético, fez acordo judicial e vai pagar R$ 346 de multa.
Conforme decisão do juiz Paulo Gustavo Ferrari, da 3ª Vara Criminal do Fórum de Marília, o acusado deveria cumprir 8 meses de prestação de serviços à comunidade, em acordo judicial para não formalizar o processo, mas alegou que em função de seu serviço não teria condições de cumprir a prestação de serviços, que foi substituída pelo referido pagamento. A proposta de acordo foi aceita pelo promotor Gilson César Augusto da Silva.
O CASO
Após receber denúncia, no dia 3 de setembro do ano passado, o representante da ONG Spaddes (Proteção Animal) de Marília, Gabriel Fernando, acompanhado de um médico veterinário e com apoio da Polícia Militar, foi até uma residência localizada na Rua Ângelo Trevelim, Jardim das Rosas, na Zona Sul da cidade, para averiguação.
Observou que no corredor da casa havia um cachorro de porte médio, pelagem preta, extremamente magro, sem assistência médica veterinária e acorrentado há mais de duas semanas.
Na casa foi encontrado o proprietário que autorizou a entrada da equipe. Porém, o animal que aparece na imagem enviada pelo denunciante à ONG (que desenvolve excelente trabalho em Marília) já tinha ido a óbito e sido enterrado pelo próprio dono no fundo da casa.
Após ser indagado sobre a situação do animal, ele informou que não procurou assistência médica veterinária porque o mesmo já estava idoso e com problemas no rim.
O médico veterinário Ariadno Turatti atestou os maus-tratos por negligência, já que o tutor disse que não procurou ajuda médica e ainda deixou o animal amarrado, com o quintal cheio de fezes, agonizando até a morte.
DEFESA
No inquérito policial, o acusado relatou que "o cachorro era de seus avós, que residiam em uma propriedade rural, sendo que, por conta da idade, vieram residir na cidade, e por conta de problemas de saúde, acabaram falecendo. Que o declarante ficou com o animal, que já era idoso, por volta de 17 anos, não tinha visão, dentes e com outras debilidades".
Afirmou "que o animal ficava preso porque como estava sem visão, o mesmo trombava nas paredes e chorava quando não achava a casinha; que informa ainda, que quando os policiais foram na sua residência o cachorro já havia falecido e que as fotos apresentadas foram feitas sem seu conhecimento".
Disse ainda que em nenhum momento houve maus-tratos por sua parte, pelo contrário, cuidava com muito carinho do cachorro que pertenciam a seus avós, sendo que apenas a limpeza do quintal ficava a desejar, pois o declarante sai muito cedo para trabalhar, sem hora de retorno, deixando para realizar apenas aos finais de semana.
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