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  • Por Adilson de Lucca

Homem que foi baleado e preso pela PM após roubo em sítio em Marília é condenado a 8 anos de cadeia


Um homem acusado de participar de roubo em um sítio localizado na zona oeste de Marília, o qual foi baleado por policiais militares na tentativa de fuga, foi condenado a 8 anos de reclusão em regime fechado. A decisão é da juíza Josiane Patrícia Cabrini Martins Machado, da 1ª Vara Criminal do Fórum de Marília e cabe recurso.

O CASO

Conforme os autos, no dia 29 de janeiro deste ano, por volta das 2h30, na Estrada Municipal que passa pelo Sítio Santa Bárbara, na zona oeste, Fernando Ribeiro, junto de outro indivíduo não identificado, subtraíram objetos pertencentes à vítima A.S.S

Consta ainda que, logo após o roubo, o acusado e seu comparsa os policiais militares, visando assegurar a impunidade do crime.

A vítima disse ser arrendatário do sítio Santa Bárbara (local dos fatos) e também é o responsável pelo local, onde tem criação de gado leiteiro. No depósito invadido pelos criminosos estavam guardados um resfriador de leite, ração, sal mineral, ferramentas, arreios, máquina costal para pulverização e outros objetos de serviço.

Afirmou que a sua propriedade já tinha sido furtada outras duas vezes, quando foram furtados bezerros e um cavalo, contudo, não foram registrados boletins de ocorrência. Na propriedade somente mora um senhor de idade e no momento dos fatos ele estava acompanhado de um filho. Disse que foi avisado do ocorrido pelo filho e mora num outro sítio, que fica nas proximidades. Afirmou que foi verificar o que havia ocorrido e viu que vários policiais estavam no local.

Verificou que os criminosos tinham quebrado o telhado do depósito e também verificou que os criminosos não conseguiram subtrair nenhum objeto, pois, foram impedidos pela chegada dos policiais. Informa que não chegou a ver o indivíduo detido pelos policiais e que o sítio possui sistema de filmagem (sistema de segurança) e acredita que as câmeras estejam funcionando. Entregou à polícia um celular que encontrou no meio do pasto do Sitio.

O réu estava com outra pessoa dentro do barracão (os indivíduos ingressaram pelo telhado e retiraram a telha).

Os policiais estavam fazendo patrulhamento normal, já que havia notícia de que um foragido estaria pelas redondezas. Os policiais esclareceram que o indivíduo que adentrou à mata efetuou disparos contra eles, sendo que o réu, que estava fugindo à estrada, foi capturado. Foram praticado furtos no local em outras ocasiões.

Os policiais relataram que o barracão estava com as luzes acessas e verificaram que ao menos duas pessoas estavam dentro do local, em atitude suspeita. Desembarcaram da viatura e foram averiguar os fatos, momento no qual os dois indivíduos foram para o fundo do depósito e ficaram sem ser vistos. Escutaram um disparo e em seguida outros dois disparos de arma de fogo.

Em seguida, os dois indivíduos correram, sendo que um deles levava um objeto na mão, que aparentava ser uma arma de fogo. Os policiais capturaram o acusado quando ele tentava pular uma cerca. Revidaram a injusta agressão e realizaram dois disparos, com sua pistola Glock, calibre.40, em direção de onde vinham os tiros. Logo, uma outra equipe chegou para apoio e iniciaram uma incursão pela área, sendo que avistaram um indivíduo que estava gritando que estava “baleado no braço”, o qual foi identificado como o acusado nesta ação.

Ao ser indagado, Fernando disse “eu ia roubar, senhor”, confessando que era um dos indivíduos que havia adentrado no barracão. Disse que “ia levar o que conseguisse dentro de uma bolsa ( que foi localizada dentro do depósito e apreendida) e que já tinham roubado no local”.

Disse “que quando saiu correndo, o que estava segurando na mão era um celular”. Ao ser indagado onde estava o celular, Fernando disse que tinha perdido na fuga; ao ser indagado qual o número da linha do celular, Fernando disse que não sabia. Foram feitas mais buscas, contudo, o outro criminoso não foi encontrado ou qualificado. O indivíduo foi socorrido ao Hospital das Clínicas de Marília, com escolta da Polícia Militar.

DEFESA

O acusado disse que no dia do crime estava em casa, e resolveu ir até ao Sítio Santa Barbara, pois sabia que lá tem uma casa abandonada, onde é armazenado leite. Entrou nesta casa abandonada por um vão que existe entre o portão e o teto da casa. Quando estava enchendo a segunda garrafa de leite, viu um farol do lado de fora da casa.

Quando percebeu que este farol, vinha de uma viatura da Policia Militar, decidiu sair dali pelo telhado e tirou algumas telhas velhas; Quando os Policiais Militares de viram, eles passaram a dizer: -"Já te vi, desce daí, se entrega, senão você morre".

Disse que largou a mochila e as duas garrafas de leite no depósito e pulou do telhado. Passou pela cerca e foi até ao pasto, momento em que ouviu quatro disparos de arma de fogo, sendo que um deles atingiu seu braço. Tentou continuar fugindo, mas como estava perdendo muito sangue, resolveu parar e se entregou.

Negou que estava acompanhado de outro homem no momento dos fatos e negou ter efetuado disparos de arma de fogo contra os policiais militares e nem possui arma de fogo. "Assim que eu responder por este crime, prometo que nunca mais vou mexer em nada que não me pertence", declarou.



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