A Polícia Civil de Botucatu identificou o carro utilizado pelos dois suspeitos do assassinato do ex-campeão brasileiro de fisiculturismo Eustácio Batista Dias, que foi morto a tiros enquanto treinava em uma academia na cidade. O crime ocorreu no dia 17 de outubro.
Segundo o delegado seccional Lourenço Talamonte, os responsáveis pela morte do atleta viajaram da Bahia até São Paulo em dois carros. A dupla seguiu a vítima, invadiu o estabelecimento e efetuou diversos disparos contra ela. Após a execução, o veículo utilizado na fuga do crime acabou abandonado pelos suspeitos, sendo localizado três dias depois pela polícia, no bairro Parque Marajoara, na região periférica de Botucatu. Ainda segundo o delegado, no veículo, que tem registro de Minas Gerais, os policiais encontraram a camisa utilizada por um dos suspeitos na execução. Após o crime, a dupla retornou ao estado natal com o segundo automóvel que viajou até São Paulo. Mesmo assim, conforme o delegado seccional, os dois suspeitos são da Bahia, assim como a vítima, que era natural de Teixeira de Freitas (BA). As investigações continuam e buscam identificar os autores.
A execução Eustácio Batista Dias, campeão nacional na categoria Men’s Physique Júnior, em 2018, e influencer digital do mundo fitness treinava no local quando foi morto a tiros por dois homens. Uma câmera de segurança da academia, que fica na Avenida Gastão Del Farra, em Botucatu, registrou o momento em que os criminosos entraram armados e executaram a vítima - de camisa vermelha no vídeo. O dono da academia onde o fisiculturista foi assassinado disse que os criminosos chegaram atirando, sem comunicar a entrada no estabelecimento. Após ser baleado, o atleta de fisiculturismo caiu no chão e continuou sendo alvejado pelos criminosos, que fugiram do local após o assassinato. A câmera de segurança de um comércio vizinho registrou os dois assassinos chegando e saindo correndo da academia. Com uma vida ativa nas redes sociais, somando quase 11 mil seguidores em uma delas, Eustácio chegou a postar fotos nas redes sociais momentos antes do crime. Envolvimento com tráfico de drogas As investigações apontaram que o ex-campeão de fisiculturismo, de 27 anos, foi preso duas vezes por tráfico de drogas. Eustácio teria, inclusive, vindo para o estado de São Paulo após ter sido "jurado de morte" no estado natal. A polícia investiga se o crime tem ligação com dívidas por tráfico de drogas. A ação dos criminosos, que executaram o atleta em meio à presença de outras pessoas, fez com que a polícia seguisse a linha de investigação de que eles não eram da região de Botucatu. Até a última atualização desta reportagem, duas pessoas foram levadas à delegacia, onde foram ouvidas e liberadas. Ninguém foi preso.
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