Mais um caso de golpe via Whatsapp foi registrado pela Polícia Civil em Marília, neste final de semana. Na sexta-feira (2), uma idosa de 61 anos recebeu ligação de golpista se passando por funcionário de um banco e informando que ela teria direito a receber R$ 27.094 em benefícios.
Na lábia, a idosa foi informada que receberia o depósito na conta e convencida a passar dados bancários. Inclusive , adicionou o contato da golpista no Whatsapp e enviou uma foto.
Tudo enredo do estelionato. De posse dos dados e do aplicativo da vítima os golpistas deram um desfalque de R$ 10 mil na conta da idosa, que só descobriu o golpe após comentar o caso com uma pessoa da família, a qual verificou o extrato bancário e constatou a fraude. Caso comunicado e investigado pela Polícia Civil.
Somente este ano, vítimas já perdem mais de R$ 200 mil em golpes virtuais, em Marília.
Além dos casos confirmados e denunciados, são dezenas de tentativas. O crime de estelionato (Artigo 171 no Código Penal) tem pena pequena (de 1 a 5 anos de prisão) e não intimada os golpistas, que desfilam por aí com seus belos carrões e ostentando vidas de luxo e conforto (na barba das autoridades), enquanto as vítimas (uma parte delas levada pela ânsia de levar vantagem) e suas famílias amargam grandes prejuízos.
Após um idoso perder quase R$ 50 mil e uma mulher perde R$ 38 mil em golpes via Whatsapp (veja abaixo), nesta sexta-feira (26), outro idoso residente aqui na cidade relatou na CPJ ter perdido R$ 26 mil tentando comprar um trator.
No manjado golpe do falso intermediador de negociações (os larápios do 171 são profissionais na lábia!!!) ele se interessou por uma boa oferta nas redes sociais, "negociou", caiu na lábia e depositou o dinheiro na conta do golpista, que se passou por intermediário de um verdadeiro anúncio do trator.
O veículo estaria em uma propriedade rural em Itajobi (170 quilômetros de Marília). Um conhecido do idoso, a pedido dele, foi verificar e confirmou a existência do trator. Daí, a vítima fez o depósito em conta indicada pelo estelionatário, que desapareceu.
O idoso, em seguida, fez contato com o dono do trator, que disse não ter conhecimento da negociação e confirmou o golpe.
MAIS UM GOLPE....
Outro golpe de falso intermediário teve como vítima um homem de 45 anos. Ele "negociou" com o golpista após ver um anúncio de venda de um Toyota Corolla no Facebook, por R$ 56 mil. O preço de mercado do carro é de cerca de R$ 73 mil.
Acompanhado da esposa, a vítima foi até uma casa no Condomínio Moradas Marília, onde estava o veículo e até deu uma volta para experimentar o carro. Em seguida, depositou os R$ 56 mil em uma conta indicada pelo falso intermediador.
FALSO PERFIL NO WHATSAPP
Um idoso de 73 anos perdeu quase R$ 50 mil. Ele procurou a CPJ e relatou que recebeu mensagem de uma pessoa que se passava pelo filho que reside em outra cidade.
O golpista usou uma manjada tática e alegou que aquele era o novo número telefônico, mas como a foto dele (do filho) estava no perfil do aparelho, o pai acreditou que a mensagem era real.
Foram dois dias de prosa. Aí, o malandro disse que precisava fazer pagamentos, mas não estava conseguindo e pediu para o pai lhe mandar uns depósitos que depois ele devolveria os valores.
O idoso solicitou que sua secretária continuasse com a interlocução. Ela seguiu as orientações do patrão e do golpista e fez quatro depósitos via PIX para diferentes destinatários, sendo de R$ 15 mil, R$ 16.109,90, R$ 13.930 e R$ 4.189,90, totalizando R$ 49.229,80.
O idoso descobriu que tinha caído em um golpe quando foi até uma pizzaria comemorar o aniversário da filha, à noite. O filho ligou para dar parabéns para a irmã e o idoso questionou se o dinheiro tinha dado certo.
O filho disse que não sabia do que o pai estava falando... Já era tarde!
MULHER TAMBÉM PERDEU R$ 38 MIL
Uma assistente administrativa de 40 anos perdeu mais de R$ 38 mil ao também cair no golpe do falso intermediador em Marília. Ela tentou comprar um, veículo Chevrolet Ônix por R$ 38,7 mil, anunciado nas redes sociais.
O estelionatário usou o álibi que tinha comprado o carro de uma prima, mas que tinha tido alguns problemas pessoais, dentre eles a doença da esposa que estaria internada, e que por isso ainda não tinha transferido o veículo para o seu nome ainda.
Disse que o automóvel estava na casa da prima e que estava vendendo o veículo abaixo do valor de mercado porque precisava pagar uma dívida urgente. Pediu também que a vítima não falasse sobre valores com a prima.
A compradora chegou levar o carro até uma oficina, onde foi a dona do carro e, também ludibriada, confirmou a versão do golpista.
A vítima contou que foi em uma agência bancária e fez a transferência para a conta informada pelo golpista.
A real proprietária do veículo disse que tinha anunciado o veículo por R$ 54,5 mil. O autor teria alegado que era vendedor de carros e que queria adquirir o Ônix para repassá-lo a um cliente.
O golpista solicitou mais fotografias do automóvel e perguntou se a mulher poderia levá-lo até a oficina do mecânico de confiança da cliente.
A dona do carro disse que concordou e que o autor pediu que não falasse sobre valores, pois a cliente iria dar um valor de entrada e parcelar o restante do pagamento.
O acusado também teria pedido que a proprietária do veículo dissesse à cliente que era prima dele. Ele faria a transferência de R$ 53 mil para a dona do carro e ela poderia transferir para a compradora.
No rolo, o golpe, acabou descoberto quando a compradora fez a transferência e dona do carro não recebeu nenhum valor. O larápio chegou a enviar um comprovante falso do envio do dinheiro para a dona do automóvel.
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