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Foto do escritor J. POVO- MARÍLIA

Incêndio criminoso destrói área do projeto Doce Futuro, de criação de abelhas e proteção nativa, na zona norte de Marília


O vice-presidente da Associação Doce Futuro, João Carlos Tramarim, registrou um Boletim de Ocorrência nesta segunda-feira (17), no Plantão Policial, relatando que duas pessoas não identificadas colocaram fogo na área onde a entidade mantém projeto de meliponário (criação de abelhas e produção de mel), reflorestamento e atividades sócio-ambientais, junto Bairro Maracá, na zona norte de Marília.

A ação criminosa ocorreu no início da madrugada e as chamas atingiram cerca de 200 metros da vegetação, além de aproximadamente 300 metros de cabos elétricos. O caso é investigado pela Polícia Civil.

Uma parceria entre a Associação Doce Futuro e a empresa Aranão Transportes, está possibilitando a preservação de uma espécie de abelha em risco de extinção, a Uruçu Amarela. A empresa adquiriu junto a um meliponário de Santa Catarina, 30 colônias de Uruçu e as reparou para a Associação. Agora caberá a Doce Futuro, criar, multiplicar e reintroduzir a espécie na natureza.

“A Uruçu Amarela, nome científico Melípona Mondory, está em risco de extinção, mas no nosso bioma do Centro Oeste Paulista ela já está extinta. Através da parceria com a Aranão, Marília passa a contar com um centro especializado nessa espécie”, disse Johnny Thiago Santana, presidente da Associação Doce Futuro.

A iniciativa partiu da empresa Aranão Transporte e seus representantes que desejavam há muito, realizar uma ação ambiental de peso, na cidade cede da empresa.

“Uma grande parte dos nossos clientes são do setor alimentício. Como sabemos, 70% do alimento que chega a mesa das pessoas depende da polinização das abelhas. Cuidar delas é um projeto sustentável, de longo prazo e com forte impacto na natureza”, explicou Flávia Aranão Martins, diretora de RH da Aranão Transportes.

A Associação Doce Futuro já criava outras 21 espécies nativa, mas não tinha ainda em seu plantel a Uruçu Amarela. A ação vai potencializar pesquisas científicas em a FATEC de Marília, onde estudos já são realizados com outras espécies.

“É um grande passo para a ciência. Agora poderemos obter mais mel, mais própolis, entre outros insumos para as nossas pesquisas que já resultaram em artigos científicos publicados em revistas internacionais do setor”, colocou a Professora e Doutora da FATEC de Marília, Flávia Farinazzi Machado.

             Jornalista Fernando Garcia e o ativista Johnny Thiago, do Projeto Doce Futuro

A Associação Doce Futuro acaba de implantar um meliponário na Fazenda Experimental da Unimar, para onde metade das colônias de Uruçu serão levadas. Será mais um centro de pesquisa científica nas áreas de biofármacos e polinização na agricultura.

“Toda uma linha de pesquisa está nascendo graças a essa parceria entre a Doce Futuro, Aranão e Unimar. Estamos muito felizes em fazer parte deste projeto que trará grandes realizações para nossa instituição de ensino, para Marília e para o mundo, disse o Professor e Doutor Marcílio Felix, coordenador do Programa de Mestrado Profissional em Saúde Animal, Produção e Ambiente da Unimar.

Marília passou a ser na prática uma espécie de santuário da Uruçu Amarela no Centro Oeste do Estado, local onde elas serão criadas e reproduzidas, diminuindo o risco de extinção, fortalecendo a biodiversidade da Mata Atlântica, o bioma mais degradado do Brasil nos últimos sé

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