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Incêndio suspeito destrói boa parte da vegetação no Projeto Doce Futuro na zona norte de Marília

Por Adilson de Lucca

Grande parte da área de um dos mais importantes projetos ambientais, mantido por voluntários em Marília, foi destruída por um incêndio na tarde da sexta-feira passada.

O Projeto Doce Futuro, anexo ao Jardim Maracá, zona norte da cidade, trabalha essencialmente na meliponicultura, criação de abelhas sem ferrão, responsável pela produção de mel e polinização das plantas.

Administradores do espaço estão organizando um movimento para replantio de árvores na vegetação destruída pelo fogo. Há suspeitas que o incêndio tenha sido criminoso.

O fogo foi combatido pela equipe de brigada de incêndio do projeto, com apoio do Corpo de Bombeiros, Departamento de Água e Esgoto (Daem) e Defesa Civil.

O incêndio provocou a morte de abelhas, mas as colmeias foram salvas pela intervenção das equipes.

O PROJETO

O Projeto Doce Futuro, coordenado pelo ambientalista Johnny Thiago Santana, populariza em Marília a meliponicultura, criação de abelhas sem ferrão, responsável pela produção de mel e polinização das plantas, permitindo a produção de sementes de várias espécies, muitas das quais fundamentais para a alimentação humana.

Sem a colaboração dessas abelhas, muitas plantas deixam de produzir frutos e sementes, podendo inclusive chegar à extinção. A ação está recuperando uma imensa área degradada no bairro Maracá, garantindo a polinização dos alimentos em Marília

Segundo Johnny Thiago Santana, responsável pelo Projeto Doce Futuro, as portas abertas pela administração pública têm permitido expandir a cultura da criação de abelhas sem ferrão em escala maior, promovendo a educação ambiental sobre o tema, e, principalmente, permitindo que os marilienses conheçam a prática, incentivando outros moradores a iniciarem suas produções.

“A meliponicultura apresenta importância econômica, ambiental e social dentro de diversos nichos e regiões onde ocorrem as abelhas, pois não necessitam de cuidados intensivos e nem investimento elevado na construção de um meliponário. A atividade, inclusive, pode ser desenvolvida por meliponicultores de todas as idades, como crianças e idosos. Além disso, podem ser criadas em áreas residenciais, já que as espécies não apresentam riscos de acidentes. Com o apoio do poder público, estamos conseguindo popularizar esta criação, elevando Marília em todo Estado de São Paulo neste segmento. Atualmente, cuidamos de várias espécies, como Mandaçaia, Mirim-Preguiça, Guaraipo bicolor, Marmelada, Tubuna, Borá, Jataí, Canudo e Mandaguari. As abelhas são responsáveis por quase 80% da polinização das plantas e flores, garantindo a qualidade e quantidade dos alimentos que consumimos. Estamos investindo nesta imensa área verde que há anos sofria com as queimadas urbanas e agora está recebendo o plantio de centenas de árvores nativas, sendo várias melíferas e frutíferas, que também atrairão pássaros ao centro urbano, além de flores que cuidarão das abelhas e embelezarão o local, que estará aberto para visitação pública e servirá com centro de educação ambiental sobre o tema. Marília vem avançando na sustentabilidade, desenvolvendo diversos projetos que estão elevando a cidade no ranking ambiental, e fico feliz por fazer parte nessa história”, afirmou Johnny Thiago.

O Projeto Doce Futuro é apoiado pela Prefeitura de Marília e faz parte do Programa de Gestão Ambiental, coordenado pela Secretaria do Meio Ambiente e de Limpeza Pública.

Recentemente, a Câmara de Marília aprovou um Projeto de Lei de autoria do vereador Marcos Rezende (PSD), que transformou o Projeto Doce Futuro em Utilidade Público, possibilitando avanços e maior apoio do Poder Público ao trabalho voluntário.




 
 
 

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