Um casal acusado de traficar drogas sintéticas, principalmente, que foi preso em flagrante em uma casa no Jardim Acapulco, bairro nobre na zona oeste de Marília, foi condenado pela Justiça.
O homem, Douglas William de Oliveira Fernandes, 30 anos, que estudava em uma faculdade em Garça, foi condenado a 8 anos, 6 meses e 2 dias de reclusão em regime fechado, além de multa de cerca de R$ 25 mil. A mulher, Beatriz Guilherme Rocha, 27 anos, advogada, condenada a 1 ano, 11 meses e 10 dias, em regime fechado. Ela teve a pena substituída por prestação de serviços à comunidade, pelo mesmo prazo e pagamento de 1 salário mínimo, além de multa de cerca de R$ 6 mil.
O casal foi absolvido da acusação de associação para o tráfico de drogas. A decisão é do juiz Fabiano da Silva Moreno, da 3ª Vara Criminal do Fórum de Marília e cabe recurso. Douglas não poderá recorrer em liberdade.
O CASO
No dia 28 de fevereiro deste ano, por volta das 09h30, na Avenida Alcides Lajes Magalhães, imediações de universidades, policiais civis fizeram busca e apreensão no local e apreenderam 2 porções de maconha, 4 porções de haxixe, 1 pedra de “ecstasy”, e 71 pedras de MDA, além de 2 balanças de precisão e diversos saquinhos plásticos transparentes vazios com fechamento "zip lock".
Policiais da Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (DISE) de Marília, receberam informações dando conta de que Douglas, reincidente específico no tráfico de drogas e com mandando de prisão em aberto pelo Fórum de Ilha Bela (SP), estaria guardando entorpecentes em sua residência alugada.
Durante o cumprimento da busca no referido imóvel, os policiais foram recebidos pelo casal. Indagados sobre as drogas encontradas na casa, os denunciados admitiram aos investigadores que os entorpecentes apreendidos lhes pertenciam e que seriam consumidos por eles.
Segundo denúncia do MPE, restou comprovado que Douglas estava sendo auxiliado por Beatriz, estudante universitária, a qual seria o “elo” entre o traficante e seu público alvo. O casal frequentava festivais de música pelo Brasil.
No dia seguinte às prisões, em Audiência de Custódia, Douglas teve convertida a prisão em flagrante em prisão preventiva. Para Beatriz foi concedida liberdade provisória com a imposição de medidas cautelares
No Plantão Policial, Beatriz falou que os comprimidos que ela chamava de "bala" haviam sido adquiridos por ela no estado do Rio de Janeiro. Depois, com a presença do advogado Ricardo Carrijo Nunes, ela mudou a versão e disse que as drogas não eram dela, eram do Douglas, que assumiu a posse e disse que eram para o seu uso.
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