- Por Adilson de Lucca
Justiça condena detento que tentou entrar com 8 celulares e carregadores na Penitenciária de Marília

O detento André dos Santos Martins, de 32 anos, foi condenado a mais 1 ano, 1 mês e 13 dias de reclusão no regime semiaberto, após ter sido flagrado tentando entrar no setor do semiaberto da Penitenciária de Marília (onde já cumpre pena por roubo a sete anos) com oito aparelhos celulares, vários carregadores e cabos de USB. A decisão é da juíza Thaís Feguri Krizanowski Farinelli, da 3ª Vara Criminal do Fórum de Marília e cabe recurso.
Conforme os autos, no dia 02 de fevereiro de 2021, por volta das 16 horas, no regime semiaberto da Penitenciária de Marília, André tentou ingressar com oito aparelhos celulares, sendo três celulares da marca Samsung, três da marca Nokia, um da marca LG, um da marca Aiko, quatro carregadores e três cabos USB, não conseguindo seu intento por circunstâncias alheias a sua vontade.
Ainda segundo a denúncia, no dia dos fatos, o sentenciado retornava do trabalho que realiza na serralheria ao lado do prédio do regime fechado da unidade prisional, carregando um meião de jogador de futebol.
Quando notou que seria submetido à inspeção dos reclusos, realizada por parte por scanner e parte por revista pessoal, o denunciado dispensou o meião e correu para o interior do estabelecimento prisional. Contudo, como no local também havia agentes penitenciários, retornou ao local em que estava.
Ante tal atitude, foi abordado, bem como apreendido o meião contendo os objetos supracitados, sendo que admitiu informalmente que os celulares e acessórios lhes pertenciam, todavia, não informou como teve acesso a eles.
André, em interrogatório policial, declarou que está preso desde 2 de fevereiro de 2014 por suposto delito de roubo, sendo que cumpria a pena na penitenciária de Marília, quando acabou sendo injustamente acusado de ter sido surpreendido portando telefone celulares. Narrou que, na data dos fatos, retornava do trabalho, consistente na reforma da casa da diretoria do estabelecimento prisional, passou pelo detector de metais e ao passar pela revista pessoal foi separado pelos demais sentenciados pelos agentes penitenciários, levada para uma salinha e, após aproximadamente vinte minutos, um agente apareceu segurando uma meia, na qual não sabia o que tinha em seu interior.
Declarou que somente tomou conhecimento de que na referida meia havia aparelhos celulares e carregadores quando foi ouvido por uma advogada em procedimento disciplinar. Negou ser o dono dos objetos e não sabe quem seria. Disse que estava a três meses de ser libertado.

