Ladrão em "saidinha" que roubou uma loja no calçadão da Rua São Luiz, em Marília, foi condenado a 10 anos, 4 meses e 13 dias de reclusão em regime fechado. A decisão é da juíza Josiane Patrícia Cabrini Martins Machado, da 1ª Vara Criminal do Fórum de Marília e cabe recurso.
O CASO
No dia 3 de maio de 2017, por volta das 14h30, no calçadão da Rua São Luiz, centro de Marília, Wagner Alves, armado com revólver, rendeu a dona de uma loja, uma funcionária e uma cliente.
Sob ameaças, levou R$1.500,00 e três celulares, além de um veículo GM/Meriva Max, avaliado em R$ 22.000,00 e ainda três óculos de sol e uma bolsa que estavam no interior do carro.
O acusado, vestindo um moleton com bolsos na parte da frente, adentrou a loja com a mão no bolso, retirou a arma e anunciou assalto, ordenando que a funcionária e a cliente sentassem no chão, ao lado do caixa, bem como que ninguém gritasse.
A todo momento, o ladrão dizia que havia outros aguardando do lado de fora e que sabia onde as vítimas residiam, questionando sobre a localização do cofre, ao que a dona da loja respondeu que não havia.
Em dado momento, uma das vítimas olhou para o acusado atentamente e ele disse para que ela parasse ou levaria um tiro na cabeça. O meliante retirava a arma do bolso, apontava para elas e depois guardava o objeto. Antes de sair da loja, o ladrão trancou as vítimas no banheiro, onde permaneceram por cerca de 20 minutos.
Uma outra mulher ingressou na loja e, percebendo a ocorrência do roubo, fugiu e dirigiu-se até agentes municipais de trânsito. Um foi até a loja e as tirou do banheiro.
O ladrão fugiu no veículo Meriva, que pertencia à cliente que estava na loja. A Polícia Militar foi acionada. Os PMs levantaram a identidade do meliante e o
endereço em que ele estaria.
Foram até lá e se depararam com ele em frente à casa. Ao notar a viatura, correu para dentro do imóvel. Os policiais entraram no encalço dele. Em busca pessoal, nada de ilícito localizaram em sua posse. Porém, encontraram uma jaqueta vinho, com detalhes brancos, semelhante à que aparecia nas imagens gravadas pelas câmeras de segurança da loja. Também foram encontradas 47 porções de maconha, R$ 400,00 em dinheiro e uma tornozeleira.
Interpelado, o acusado mencionou que estava de “saidinha” e que voltaria para a Penitenciária de Mongaguá, para onde levaria as drogas e o dinheiro. Confessou o roubo. Sobre a arma, ele não indicou o paradeiro. Disse que a arma foi obtida junto a um conhecido, de nome "Jefinho", para quem devolveu após a praticar os roubos.
Disse que precisava de dinheiro para levar para o presídio de Mongaguá, para onde retornaria, bem como porque percebeu que, em sua casa, seus familiares necessitavam de ajuda. Disse estar arrependido, sobretudo por ter feito as vítimas passarem por constrangimento e por tê-las deixado com medo.
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