Um ladrão acusado de roubo violento contra um casal de idosos na zona sul de Marília foi condenado a 10 anos de reclusão em regime fechado. A decisão é do juiz Fabiano da Silva Moreno, da 3ª Vara Criminal do Fórum de Marília e cabe recurso.
O CASO
No dia 20 de julho de 2022, por volta das 21h, em uma casa localizada na Rua Amelie Boudet, Parque São Jorge, Anderson Alves da Silva, de 29 anos, mediante violência física e grave ameaça, agrediu e roubou a importância de R$ 112 do casal José Maurício Leite e Inez Bernadete de Andrade. Devido as agressões, o idoso ficou cego de um olho.
O ladrão ingressou no quintal da residência das vítimas e quando notou que elas chegavam em casa, imediatamente investiu contra José, empurrando-o e agredindo-o com chutes e socos, até que ele foi ao solo.
Neste momento, José buscou defender-se e entrou em luta corporal com o denunciado. A esposa dele, arremessou uma cadeira contra o meliante, o qual acabou se munindo com o objeto e com ele passou a efetuar golpes em José. Na sequência, Anderson conseguiu render as vítimas e contê-las em um quarto, dizendo que estava armado e exigindo dinheiro.
A vítima José, então, lhe entregou os R$ 112,00 que estavam em sua carteira e o ladrão, após cerca de meia hora de terror, se evadiu do local.
PRISÃO
O denunciado foi localizado a partir de características físicas informadas aos policiais militares, correndo nas imediações, com as mãos sujas de sangue, sem contudo, apresentar ferimentos, bem como na posse do dinheiro.
Em razão da violência, José ficou internado por quatro dias no Hospital das Clínicas, sofreu lesões que o que a incapacitaram para as ocupações habituais por mais de trinta dias e acabou perdendo a visão de um olho.
A perícia realizada no imóvel indica as avarias e evidências da violência física perpetrada pelo ladrão, que afirmou que queria um notebook e objetos de valor. Como não tinha o equipamento, ele acabou pegando o dinheiro das vítimas.
O idoso declarou que havia ido até a casa da sua filha e ao retornar, ao chegar no portão, percebeu que havia alguém dentro do quintal. No portão, o ladrão já investiu contra ele e lhe deu um soco que atingiu seu olho, que caiu ao solo e continuou lhe agredindo com socos.
DEFESA
O réu Anderson, em juízo, disse que os fatos não ocorreram da forma como foi colocada. Que não estava armado, não arrombou nenhuma porta e quando entrou na porta do "quartinho", ela estava aberta.
Afirmou que no dia dos fatos, escutou as vítimas entrando na residência e quando a vítima entrou no quartinho, ele disse que não queria fazer nenhum mal para ele. Alegou que foi a vítima quem lhe agrediu e acabaram entrando em luta corporal e a vítima sofreu lesão porque bateu na mesa.
Relatou que chegou a colocar as vítimas sentadas na cama do casal e disse que queria dinheiro para ir embora. Negou que tenha dado um soco no idoso e que a lesão no olho foi porque ele bateu na mesa. Que em momento algum foi agressivo com qualquer uma das vítimas. Que quando se deparou com as vítimas, estava na área da residência, escondido atrás de um vaso de flor e para ingressar no quintal, pulou o muro de dois metros.
Relatou que sua intensão era pegar alguma coisa, para poder vender e comprar mais droga e conduziu o casal da área da casa até a cozinha. Que ficou sujo de sangue durante a luta corporal e disse que levou uma cadeirada da vítima e teve um pequeno corte na cabeça. Que prendeu as vítimas dentro da casa durante aproximadamente 15 minutos e o dinheiro foi devolvido para as vítimas. O meliante já havia sido preso por furto.
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