- Por Adilson de Lucca
Ladrão que entrou gritando "quero ouro" e roubou joalheria no centro de Marília é condenado

Ladrão que entrou correndo em uma joalheria no centro de Marília, fazendo menção de estar armado, gritando "quero ouro, quero ouro" e roubou 20 anéis folheados a ouro, foi condenado a 6 anos, 2 meses e 20 dias de reclusão, em regime fechado. A decisão é da juíza Josiane Patrícia Cabrini, da 1ª Vara Criminal do Fórum de Marília e cabe recurso.
O CASO
Conforme os autos, Rafael Júlio, foi denunciado como incurso no artigo 157 porque, no dia 24 de dezembro de 2021 (véspera de Natal), por volta das 11h, no interior do estabelecimento “Joalheria Galo de Ouro”, situada na Rua Coronel Galdino de Almeida, área central da cidade, mediante grave ameaça, roubou um estojo contendo 22 anéis folheados a ouro, da marca “Amor Eterno Alianças”, avaliados num total de R$ 1.836.
A gerente da loja, Maria de Fátima, declarou que na data dos fatos, estava sozinha no local quando o acusado chegou correndo, simulando portar algum objeto sob a camiseta e anunciou o assalto dizendo, em tom ameaçador: "Eu quero ouro, eu quero ouro!"
Ato contínuo, apossou-se de um estojo contendo 22 anéis, da marca "Amor Eterno", expostos sobre o balcão e fugiu.
Diante do ocorrido, a gerente se dirigiu até a calçada e pediu por ajuda a transeuntes que caminhavam pelo local e observou quando o réu empreendeu fuga em direção à Rua Quinze de Novembro, carregando consigo o estojo com as peças pertencentes à empresa. Populares que passavam pela via conseguiram contê-lo próximo à Avenida Rio Branco, o conduziram de volta ao estabelecimento e aguardaram a chegada dos policiais. O sistema de câmeras de segurança apresentava problemas, razão pela qual não teve a gravação ou as imagens do delito.
Os policiais militares Márcio Ambrósio dos Santos e Heitor de Oliveira Felício, declararam que, na data dos fatos, foram acionados, via COPOM, com a notícia de um furto em andamento em uma joalheria denominada “Galo de Ouro”. Ao chegarem no local, se depararam com o réu sentado nos degraus da porta de entrada do estabelecimento, o qual fora detido por populares, e, indagado, nada lhes disse.
DEFESA
Interrogado na Delegacia às fls. 8, o acusado disse que, no dia dos fatos, adentrou no estabelecimento comercial denominado “Galo de Ouro” e anunciou o assalto, apoderando-se de um estojo com joias. Logo após a gerente da loja correu para fora e gritou por ajuda. Assim, ele tentou evadir-se do local, mas várias pessoas partiram em sua direção, o seguraram e, por isso, não logrou êxito na fuga. Declarou ser usuário de “crack” e maconha e que, por efeito da abstinência, tentou roubar a joalheria para adquirir entorpecentes. Afirmou, enfim, estar arrependido pela ação e em busca de tratamento, informando que já esteve preso e encontrava-se desempregado. Questionado, contou que já respondeu pelo crime de tráfico de drogas no ano de 2007.

