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Por Adilson de Lucca

Ladrão que rendeu moradoras e roubou casa no Jardim Parati é condenado a mais de 12 anos de cadeia


Equipe do Baep apreendeu veículo modelo HB20 usado no roubo em Marília


Um dos ladrões mandou a vítima deligar a tv que estava assistindo e que eles iam levar

Indivíduo que invadiu uma residência no Jardim Parati armado e acompanhado de um adolescente, aterrorizou moradoras e roubou dinheiro, joias, celulares e produtos eletrônicos, foi condenado a 12 anos, 2 meses e 20 dias de reclusão em regime fechado. A decisão é da juíza Josiane Patrícia Cabrini Martins, da 1ª Vara Criminal do Fórum de Marília e cabe recurso.

O CASO

Conforme os autos, Elvis Aparecido Bernardes (que foi preso em abril deste ano), no dia 7 de dezembro de 2021, por volta das 23h, na Rua Pedro Martins, no Jardim Parati, zona sul, armado com revólver, rendeu uma moradora que chegava com seu veículo no local dizendo "perdeu, perdeu" e adentrou com ela na casa, onde estavam outras duas mulheres. Sob ameaças, a dupla roubou um colar, um pingente de ouro, um notebook, três aparelhos de telefone celular (avaliados em R$ 5.300.00), R$ 400,00 em dinheiro e um cartão bancário, pertencentes à vítima M.E.W.C.G.

A vítima declarou que, na data dos fatos, quando chegava do trabalho em sua casa, à noite, foi surpreendida por dois indivíduos, sendo um mais velho, idade aproximada de 40 anos, o qual estava com revólver, e outro com aparência de menor de idade.

Contou que, assim que desceu do veículo, o maior a abordou com um revólver dizendo “perdeu” e tirou o celular que estava em suas mãos, desligou e colocou no bolso, enquanto o menor fechou o portão.

Narrou que sua tia que estava no interior da residência foi até a janela e perguntou se era para abrir a porta, oportunidade em que o acusado manuseou a arma de fogo mostrando estar carregada e ordenou que ela abrisse a porta. Ao adentraram na residência, a tia e a mãe da vítima foram colocadas sentadas no sofá da sala e o réu subtraiu mais dois celulares que estavam sob um puff.

Em seguida, apontando a arma e pedindo para que todas colaborassem, disse que queria joias e dinheiro, sendo que lhe foi dito que na casa não tinha joias, apenas o colar que estava no pescoço da vítima, o qual lhe foi entregue.

Ato contínuo, o menor pegou dinheiro (R$ 400,00) e um cartão bancário que estava dentro da sua bolsa e perguntou o seu nome. Salientou que toda a ação criminosa era comandada por Elvis, o qual determinou que se tia e sua mãe fossem para um dos quartos, sempre com a arma apontada para as três, ameaçando-as de morte, caso elas não colaborassem, dizendo que eles pertenciam a uma “gangue de Araçatuba”. Narrou que o menor revirou toda a casa e mostrava os objetos para o maior, sendo que ao mostrar seu notebook, a vítima pediu que não fosse levado, pois era seu instrumento de trabalho, mas ainda assim foi subtraído.

Contou que o menor desligou sua televisão para ser levada e o réu disse que também levaria seu carro, sendo advertido, por ela, que o carro possuía rastreador, mas ele afirmou que o desligaria.

Em seguida, foi levada para o quarto, junto com sua tia e sua mãe, e foram advertidas de que deveriam permanecer ali por meia hora sem gritar.

Declarou, ainda, que, quando os dois assaltantes estavam de saída, seu ex-marido chegou na residência e parou em frente a garagem, ocasião em que o réu voltou no quarto e, com a arma apontada para ela, exigiu que ela fosse até a garagem e dissesse para o seu marido ir embora e que estava tudo bem. Mas seu marido permaneceu no local e, enquanto tentava acionar a Polícia Militar, os dois ladrões conseguiram fugir a pé e em seguida utilizaram um carro que estava estacionado na via pública, perto da casa alvo do roubo.

Por fim, informou que seu ex-marido tentou alcançá-los, mas, por medo de ser atingido por algum disparo da arma de fogo, optou por desistir da busca. Por fim, afirmou que soube que, naquela mesma noite, eles tentaram usar seu cartão bancário, em sucesso, em uma pizzaria na cidade de Garça.

Os ladrões deixaram o local fugindo a pé, e seu ex-marido viu quando eles entraram em um veículo, que os esperava bem próximo a sua casa. C.J.G, disse ser ex-marido da vítima e foi avisado por sua filha, residente na cidade de Assis, que a vítima estava sendo vítima de roubo, pois elas estavam conversando pelo telefone quando sua filha ouviu uma pessoa dizendo: “perdeu, perdeu”. Contou que, diante da referida informação, imediatamente se dirigiu ao local dos fatos e estacionou seu veículo na frente do portão para impedir que retirassem algum veículo da garagem.

Narrou que a porta da sala estava aberta e gritou: “quem está aí?”, mas ninguém respondeu. Em seguida, a vítima se aproximou da garagem e disse “não tem ninguém aqui”, mas ele percebeu que era mentira, se afastou e acionou a Polícia Militar.

Logo depois, viu dois indivíduos saindo da residência, observando que um deles era adolescente e ambos evadiram utilizando um carro HB20.

O Sistema Detecta apontou que o referido veículo, roubado em Bauru, veio para Marília no dia dos fatos, no período da noite, e na madrugada, já do dia seguinte, o veículo entrou na cidade de Garça, o que foi ao encontro das informações prestadas pela vítima de que tentaram utilizar seu cartão em uma pizzaria naquela cidade.

Narraram, ainda, que o veículo HB20 foi encontrado por uma equipe do BAEP Bauru e que, na abordagem, viram um adolescente saindo do carro correndo, o qual foi detido, sendo localizada a chave do veículo em seu bolso e ele, apreendido.

Em seguida, o réu, investigado pela prática de roubos e homicídios, também foi localizado e, após ser reconhecido pelas três vítimas dos roubos ocorridos em Bauru, preso. Por fim, disseram que foram solicitadas imagens do adolescente e do acusado dos roubos ocorridos em Bauru, as quais foram exibidas para a vítima desses autos e eles foram prontamente reconhecidos como autores do roubo em Marília.






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