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Ladrões armados que roubaram padaria na zona oeste de Marília são condenados a 16 anos de cadeia

Foto do escritor:  J. POVO- MARÍLIA J. POVO- MARÍLIA

Dois indivíduos acusados de roubo com revólveres em uma padaria no bairro Alto Cafezal, zona oeste de Marília, foram condenados a 16 anos de reclusão em regime fechado. Eles estavam de saidinha do sistema prisional e usavam tornozeleiras. A decisão é do juiz Fabiano da Silva Moreno, da 3ª Vara Criminal do Fórum de Marília e cabe recurso.

O CASO

Conforme os autos, Diego Domingos da Silva e Mateus Cristiano Satele Ricci, no dia 30 de dezembro de 2021, por volta das 13h30, na Padaria Maripães, na Rua Rodrigues Alves, Bairro Alto Cafezal, mediante ameaça contra as vítimas e cada um com um revólver, roubaram R$ 200,00 em espécie e um maço de cigarros Marlboro daquele estabelecimento comercial, além de um relógio de pulso Tommy & Hilfiger do comerciante e dois aparelhos celulares, marca Samsung, de clientes que estavam no local.

Uma vítima comunicou o ocorrido à Polícia Militar e informou que ambos os roubadores, magros e de pele morena, faziam uso de tornozeleiras eletrônicas. Por volta das 18h do mesma data, Diego caminhava pela Rua Echaporã e ao notar a presença da viatura, demonstrou nervosismo e foi abordado.

Em poder, dele, os policiais localizaram R$ 120,00 e um maço de cigarros da marca Marlboro. Na mesma data, por volta das 18h30, na Rua Darcilio Ambrozio, Mateus, ao notar a viatura, tentou ingressar na residência, mas foi abordado ainda na calçada. Em seu poder, os policiais localizaram um celular Motorola. Indagado, negou a prática do roubo.

Os dois foram conduzidos à CPJ, reconhecidos por vítimas e presos preventivamente.

DEFESA

O réu Diego, ao ser interrogado em Juízo, disse que não participou do roubo. Saiu durante a "saidinha" no final de ano. Nunca morou com a mãe, morava em Campinas, e só deu uma volta de moto com a irmã para conhecer a cidade, deu essa volta durante o dia e voltou para casa, umas 18h a irmã chamou para ir ao mercado e ele foi. Nesse horário, ele e a irmã foram abordados de moto pela polícia, e falaram que iriam levá-lo para uma averiguação referente à um assalto que ocorreu no estacionamento do Supermercado Preço Certo. Disseram que iriam até a casa dele para ver o que tinha lá, o algemaram, colocaram na viatura e falaram para a irmã ir de moto. Ao chegar na casa da mãe dele, entraram, reviraram falando que estavam procurando produto roubado, que não acharam nada, pegaram somente os R$ 180,00 que estava no bolso dele, falando que era produto de furto e levaram ele para a delegacia, onde a vítima reconheceu ele pela altura, alegando que ele tinha feito um roubo a uma padaria. Disse que não se encontrou com o Mateus naquele dia, que conhecia ele de vista, devido ao regime semiaberto, mas que nunca conversaram. Não conhece a cidade de Marília, muito menos a padaria. No momento em que foi abordado estava de tornozeleira eletrônica, e em nenhum momento passou pela padaria e que também não violou o aparelho. Disse que estava no mesmo presídio que Mateus, mas que não saíram juntos de lá e que não encontrou com ele desde que saiu. Não conhece a padaria e nem onde fica. O dinheiro que foi encontrado com ele, foi fruto de doação dos familiares.

NEGOU O CRIME

O réu Mateus, ao ser interrogado em Juízo, disse que não teve participação no roubo, que se tiver câmera é só olhar nas imagens que consegue ver quem é. Não conhece a padaria. De manhã saiu para levar a mãe no serviço com a irmã. Pela tarde foi no centro, no camelô, na Igreja Santo Antonio. Que está com uma namoradinha e foi ficar com ela na praça da Igreja, fora isso voltou para a casa e ficou lá.

Não chegou a ir à padaria. Não cometeu assalto nenhum, que estava de saidinha, benefício, tinha que estar às 19h dentro de casa. Tem dois filhos, não tem motivo de fazer isso, tem uma família que o ama, está querendo tomar um novo rumo na vida, está estudando no presídio, tentando terminar os estudos, fazer a coisa certa. Estava cumprindo pena por tráfico.



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