Números oficiais da eleição para a Prefeitura de Marília, apontam o custo por voto das candidaturas. O levantamento foi feito por Jonathan Natalício, com base em recursos recebidos e divididos pelo número total de votos de cada candidato:
Ricardinho Mustafá (PL): R$ 100,14 por voto
João Pinheiro (PRTB): R$ 50,34 por voto
Vinícius Camarinha (PSDB): R$ 39,67 por voto
Garcia da Hadassa (NOVO): R$ 18,79 por voto
Nayara Mazini (PSOL): R$ 3,27 por voto
Lilian Miranda (PCO): R$ 0,00 por voto
Os resultados da eleição:
Vinícius Camarinha (PSDB): 62.050 votos (54,73% dos válidos)
Ricardinho Mustafá (PL): 22.713 votos (20,03%)
Garcia da Hadassa (NOVO): 18.625 votos (16,43%)
Nayara Mazini (PSOL): 6.414 votos (5,66%)
João Pinheiro (PRTB): 3.397 votos (3%)
Lilian Miranda (PCO): 171 votos (0,15%)
Agora, algumas considerações:
1. Nayara Mazini teve um dos menores custos por voto, com apenas R$3,27, muito abaixo dos outros candidatos. Isso mostra que a campanha conseguiu ser bastante eficiente em termos de gastos. Será que esse modelo de campanha mais econômica foi suficiente para mobilizar um número expressivo de eleitores, ou faltou exposição?
2. Ricardinho Mustafá, com o maior custo por voto (R$100,14), obteve 22.713 votos e ficou em segundo lugar. Isso levanta a questão de quão eficiente foi a campanha em converter os recursos recebidos em votos. Será que os gastos foram mal direcionados ou a campanha foi mal calibrada em termos de comunicação?
3. João Pinheiro, com R$ 50,34 por voto, conseguiu apenas 3.397 votos, o que é bastante elevado em relação ao total de votos obtidos. Esse alto custo, combinado com a baixa quantidade de votos, pode indicar uma falta de impacto da campanha, com dificuldade em ganhar tração entre os eleitores, mesmo com recursos disponíveis. Uma análise mais profunda poderia investigar se a mensagem da campanha não foi bem direcionada ou se houve algum outro fator que limitou o alcance.
4. Vinícius Camarinha, o vencedor, gastou R$ 39,67 por voto, o que sugere uma campanha bem financiada e eficiente. Comparado a Mustafá, seu custo por voto foi muito mais baixo, indicando que soube administrar melhor os recursos e alcançar mais eleitores com menos investimento.
5. Garcia da Hadassa teve um custo de R$18,79 por voto, o que é intermediário, mas ainda assim uma campanha eficiente, conseguindo mais de 18 mil votos.
6. Lilian Miranda, que gastou R$0,00 por voto, teve uma campanha praticamente simbólica, focada em marcar posição sem grandes ações efetivas para pedir votos. Com 171 votos, ficou evidente que a falta de recursos limitou sua capacidade de alcançar e engajar eleitores de forma significativa.
Perguntas para reflexão:
O que explica Nayara Mazini conseguir um bom número de votos com o menor investimento por voto? Foi uma questão de engajamento orgânico ou outro fator?
O alto custo por voto de João Pinheiro pode indicar uma falha na estratégia de comunicação? Será que os recursos foram mal alocados ou a campanha não conseguiu se conectar com os eleitores?
O que podemos aprender com a campanha de Vinícius Camarinha, que teve um custo por voto relativamente baixo e conquistou uma maioria significativa?
Essas são algumas ideias iniciais. Vamos pensar em como esses números podem ser usados para melhorar estratégias futuras nas campanhas de todos.
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