top of page

LUTA E RESISTÊNCIA À DIDATURA: Vereadora Fabiana Camarinha apresenta Moção de Apoio à Maria Corina, prêmio Nobel da Paz

  • Foto do escritor:  J. POVO- MARÍLIA
    J. POVO- MARÍLIA
  • 20 de out.
  • 3 min de leitura
ree

A vereadora Fabiana Camarinha (Podemos), apresenta na sessão camarária desta segunda-feira (20), Moção de Apoio à Maria Corina Machado pela conquista do Prêmio Nobel da Paz, a mais alta honraria mundial concedida a pessoas ou instituições que se destacam na promoção da paz, liberdade, direitos humanos e democracia.

"Esta homenagem reconhece o mérito da líder política e defensora incansável da democracia na Venezuela, que tem dedicado sua trajetória à luta pacífica pela liberdade de expressão, respeito e dignidade do povo venezuelano", justifica Fabiana.

ree

A VOZ DA RESISTÊNCIA CONTRA A DITADURA

A opositora venezuelana Maria Corina Machado, de 57 anos, tem três filhos e é reconhecida por seu trabalho incansável na promoção dos direitos democráticos do povo da Venezuela e por sua luta por uma transição justa e pacífica da ditadura à democracia.

É a mais velha de quatro irmãs em uma família liderada por um renomado empresário do setor metalúrgico que teve suas empresas expropriadas por Chávez. Sua mãe é uma renomada psicóloga e tenista.

Engenheira industrial com especialização em finanças, Corina Machado trabalhou em diversas empresas do setor industrial antes de passar a atuar em organizações de combate à pobreza e de fiscalização eleitoral.

Com o passar dos anos, Corina Machado se tornou a principal voz de resistência ao regime chavista, atualmente liderado por Nicolás Maduro, que governa a Venezuela há décadas.

Nos últimos meses de 2024, ela enfrentava uma ordem de prisão. Antes disso, já era vista como a "inimiga número um" do chavismo — a opositora que, mesmo nos períodos de maior força do regime, manteve críticas diretas a Hugo Chávez e ao sistema que ele criou.

O governo venezuelano impôs sucessivas restrições: proibiu sua saída do país, cassou seu mandato de deputada na Assembleia Nacional e a inabilitou para cargos públicos, sob a acusação de vínculos com o "imperialismo" dos Estados Unidos.

Apesar das sanções, ela manteve atuação política e consolidou-se como principal líder da oposição venezuelana. E fez isso por mérito próprio.

Entre 2023 e 2024, Corina Machado percorreu a Venezuela duas vezes, mesmo após ter voos cancelados, estradas bloqueadas e o carro atacado com sangue de animal.

Durante as viagens, em meio a ruas lotadas, dezenas de pessoas lhe entregaram terços — que ela guarda com nome, local e data — e costuma usar ao redor do pescoço. Em grandes comícios, chega a carregar até dez sobre o peito.

"Com cada um posso lembrar por que faço o que faço e quantas orações nos animam a continuar lutando", disse a líder opositora após as eleições de 28 de julho de 2024, nas quais Maduro foi declarado vencedor, apesar das denúncias de fraude da oposição e de o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) não ter divulgado os resultados detalhados, como pediu grande parte da comunidade internacional para legitimar o suposto triunfo.

Corina Machado reacendeu a esperança de milhões de venezuelanos que desejam mudança de governo. Fez isso antes e depois da votação, mesmo sob ceticismo sobre o caminho eleitoral. Menos de uma hora após o anúncio oficial do CNE, alinhado ao governo, Corina Machado declarou que o candidato opositor Edmundo González Urrutia havia vencido — e afirmou ter provas.

Com experiência em observação eleitoral, ela coordenou uma rede de verificação paralela que reuniu as atas oficiais protegidas por fiscais da oposição. O cruzamento dos dados revelou discrepâncias em relação ao resultado divulgado pelo CNE. Países como os Estados Unidos reconheceram González como vencedor, citando as "provas contundentes" apresentadas pela oposição.

"Vencer levou tempo, e fazer valer a vitória também pode levar", disse Corina Machado em mensagens de voz a apoiadores. "É preciso resistir, e continuar perto das pessoas, dizendo que não vamos abandoná-las, porque iremos até o fim."

O lema "até o fim" consolidou sua imagem como figura maternal e símbolo de resistência. Tornou-se líder de uma coalizão opositora que por anos a considerou incômoda por rejeitar o diálogo e defender intervenção internacional.

ree

 
 
 

Comentários


bottom of page