Ao completar 95 anos, Marília remonta uma bela história contadas em verso e prosa desde a escolha de seu nome, pelo romancista Tomás Antonio Gonzaga.
Em 1923, Antônio Pereira da Silva e seu filho, José Pereira da Silva, foram os pioneiros da região que desbravaram terras próximas aos rios Feio e Peixe, que receberam o nome de Alto Cafezal.
Um deputado da época, Bento de Abreu Sampaio Vidal, loteou o seu patrimônio em 1926. José da Silva Nogueira (Coronel José Braz), por sua vez, loteou suas faixas de terras, iniciando o processo civilizatório em 1927.
Simultaneamente, a Companhia Paulista de Estradas de Ferro vinha avançando seus trilhos de Piratininga até chegar a Lácio. E de acordo com o esquema dessa companhia, as estradas que iam sendo inauguradas no ramal eram denominadas por ordem alfabética; sendo que o próximo ramal deveria ter seu nome começado pela letra M.
Foram propostos vários nomes, mas Bento de Abreu, em uma de suas viagens de navio à Europa, leu o livro de Tomás Antônio Gonzaga “Marília de Dirceu”, de onde tirou o nome da cidade.
A cidade de Marília, com essa denominação, foi criada pela Lei Estadual nº 2161, de 22 de dezembro de 1926, ainda como um distrito de Cafelândia. Em 1928 foi elevada à categoria de município, por Lei Estadual nº 2320, de 24 de dezembro de 1928. A sua instalação oficial deu-se em 4 de abril de 1929.
No início, a economia de Marília era baseada no cultivo de café que, com o tempo, foi sendo substituído pelo algodão. Graças ao algodão, em 1934 e 1935 foram instaladas as duas primeiras indústrias no município – duas fábricas de óleo.
Com a expansão da industrialização ao interior paulista, houve um aumento da malha ferroviária e rodoviária. Com isso, Marília ligou-se a várias regiões do estado de São Paulo e ao norte do Paraná. Na década de 1940, o município se firmou como polo de desenvolvimento do Oeste Paulista, quando se verificou um grande crescimento urbano e populacional.
Na década de 1970, um novo ciclo industrial se abriu no município, com a instalação de indústrias principalmente nas áreas alimentícia e metalúrgica. Hoje, são mais de 1.000 indústrias de alimentos, que lhe conferem o título de Capital Nacional do Alimento.
Com o crescimento da cidade e a posterior instalação de vários cursos universitários, Marília pôde atrair vários jovens da região, o que ajudou no desenvolvimento do comércio e do setor de serviços do município.
ASSIM É MARÍLIA
Daí segue a história e hoje estamos aqui, para comemorarmos os 95 anos de nossa querida Marília! Orgulho de todos os moradores pelas suas belezas, potencial econômico, clima agradável, hospitalidade de seus cerca de 340 mil habitantes e tantos outros atrativos e qualidades.
É só caminhar pelas ruas e avenidas da cidade para descobrir o motivo de orgulho dos moradores. A cada esquina uma descoberta. Histórias com cenários únicos, verdadeiros cartões-postais.
O encanto do bosque, por exemplo, com quase 20 hectares de mata atlântica em meio a cenas urbanas. Uma cidade cercada por vales e que resulta num pôr do sol de tirar o fôlego.
Conquistas históricas Marília também é uma cidade de muitas conquistas históricas. Uma das maiores empresas aéreas do país, a TAM, foi fundada no município. O segundo maior banco do país, o Bradesco, também nasceu em Marília, originando o primeiro caixa eletrônico do Brasil, instalado na cidade.
A primeira fotografia em 360 graus foi registrada em Marília pelo fotógrafo Sebastião Leme e adivinha de quem foi a primeira medalha olímpica da natação brasileira? De um atleta mariliense, Tetsuo Okamoto, em 1952.
Enfim, tantos feitos, tantas conquistas, vitórias... E hoje estamos aqui, comemorando mais um aniversário de Marília.
