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MEDEX: Saúde estadual explica falta de remédios e diz que sistema e rotina estão regularizados

  • Foto do escritor:  J. POVO- MARÍLIA
    J. POVO- MARÍLIA
  • 20 de nov. de 2021
  • 3 min de leitura

A secretaria estadual da Saúde encaminhou Nota ao JORNAL DO POVO, em relação à matéria publicada ontem (19) sobre o caos no atendimento e falta de medicamentos na Medex, em Marília.

A Nota cita que "a Farmácia Medex de Marília atende cerca de 400 pacientes por dia e disponibiliza agendamento prévio de horário de atendimento justamente para evitar filas de espera e aglomerações de pacientes que chegam de forma espontânea. A unidade dispõe de sala de espera com assentos demarcados para grupos prioritários, que inclui idosos, conforme previsto em lei".

A Nota acrescenta ainda que "contudo, o respeito aos agendamentos é fundamental para que os fluxos ocorram adequadamente. Os atendimentos não agendados contam com distribuição de senhas e os colaboradores da unidade são treinados periodicamente para garantir a qualidade e eficiência na assistência".

REMÉDIOS EM FALTA

Sobre a falta de medicamentos, alguns citados na matéria do JP, a secretaria informou que "o medicamento Levetiracetam (Keprra) é de responsabilidade de aquisição e distribuição do Ministério da Saúde, que sinalizou entrega à SP até o fim do mês de novembro. Já os medicamentos Clobazam, Lamotrigina e Alenia estão em processo de aquisição pela Secretaria de Estado da Saúde e os fornecedores estão sendo cobrados para agilidade na entrega".

Informou também que "a Farmácia Medex de Marília estuda constantemente ações para melhorar e otimizar o atendimento em seus serviços e dispõe de canal de Ouvidoria para dúvida e orientações através do telefone (14) 3402-8848. A falha no sistema citada pela reportagem já foi resolvida e a rotina de atendimento já foi regularizada".

SITUAÇÃO CAÓTICA

Descaso, tortura e sérios riscos à saúde pública. Idosos, principalmente, estão enfrentando drama para tentar conseguir remédios de alto custo na Medex, central de entrega de remédios vinculada ao Governo do Estado, em Marília.

O órgão funciona (somente das 7h às 15h) em um cubículo anexo ao prédio do Departamento Regional de Saúde (DRS) na Rua XV de Novembro.

Sem estrutura, pessoas que necessitam dos medicamentos de alto custo enfrentam longas filas sob sol ou chuva. Pior: não estão conseguindo os remédios.

Nos últimos dias, para piorar a situação, após horas na fila, os pacientes ou seus familiares recebem a informação que a unidade "está sem o sistema" (informatizado) e sem previsão de retorno.

A lástima do péssimo atendimento na tal Medex se arrasta há longo tempo, com as pessoas que necessitam dos medicamentos sendo humilhadas e, mais grave, correndo sérios riscos de agravamento na saúde por conta desse flagrante descaso e a sufocante falta de remédios.

Diversas pessoas, revoltadas com a situação, entraram em contato com o JORNAL DO POVO, denunciando o drama. Os nomes serão omitidos para que não sofram ainda mais descasos.

"Eles entregam a senha, mas falam que sistema está fora e não tem previsão de retorno. Só ontem mais de 130 senhas. Pessoas idosas o dia todo até as 15:00 e foram embora sem atendimento", relatou a mãe de um paciernte que precisa de medicamentos como Clobazam (tratamento da ansiedade), Lamotrigina (tratamento da epilepsia) e Keprra (tratamento de crises focais/parciais).

"Já há alguns meses faltam medicamentos. Fomos conversar até com o diretor, sobre o "sistema" e ele falou de maneira ríspido. Disse que ia falar com os atendentes para que fizessem o atendimento manual e depois colocariam no sistema. Mas que não poderia obrigar a fazer isso, porque eles trabalhariam dobrado. E não foi feito atendimento, com falta de comprometimento dos atendentes, pois uns falam que poderiam fazer manual, depois vem outro e diz que não dá. Não temos mais com quem reclamar", desabafou.

Há relatos de pacientes e pessoas que também vêm de cidades da região e não conseguem medicamentos na Medex, inclusive remédios para hemodiálise, ue custam mais de R$ 1 mil.

Outra paciente, idosa, relatou ao JORNAL DO POVO que não consegue o remédio Alenia (tratanento de alergias). "Lá eles dizem que vão entregar só em janeiro! Nós vamos morrer de falta de ar, não posso comprar esses remédios, muito caros. Meus Deus!", citou mensagem encaminhada por Whatsapp.

A precária situação vem ocorrendo ao longo dos últimos anos, sem que nenhuma autoridade, inclusive do Ministério Público Estadual, tome alguma providência diante desse escancarado flagelo.



 
 
 

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