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Foto do escritor J. POVO- MARÍLIA

MISTÉRIO: Após uma semana, atentado a tiros contra o secretário Levi Gomes segue sob investigações


Uma semana após o atentado a tiros contra o secretário municipal da Fazenda, Levi Gomes de Oliveira, a Polícia Civil segue com as investigações, que estão a cargo da Delegacia de Investigações Gerais (DIG).

Não há nenhuma informação sobre os trabalhos, realizados de forma sigilosa. Policiais coletaram imagens de várias câmeras de segurança da região onde ocorreu o crime, por volta das 5h do dia 27 de abril, na Zona Oeste de Marília, envolvendo um veículo modelo Honda Fit, preto.

"NÃO CONSIGO ENTENDER A FINALIDADE DISSO AÍ"

Levi Gomes, que foi alvo do atentado a tiros quando caminhava por uma rua próxima à casa dele, concedeu entrevista, onde narrou os fatos.

Disse que costuma sair geralmente depois das 6h da manhã para caminhar, mas hoje foi atípico e saiu mais cedo.

"Logo que dobrei a esquina ví um carro parado. Não presto atenção em carro, mas esse teve um comportamento diferente, acelerava e ia um pouco à frente, depois esperava eu passar e ia de novo. Nesse vai e vem mudei meu roteiro, hoje. Num primeiro momento que passou ele não me viu porque eu estava atrás de uma árvore.

Ele fez uma volta no quarteirão e eu continuei andando. Por sorte havia um arbusto ali e tal e eu fiquei assustado, para ver esse cara passar. Quando ele passou voltou e me viu, aí tirou o braço para fora com uma arma, foi quando eu me joguei n o chão e me rastejei para fora da árvore. Ele atirou em minha direção, ams eu já não estava mais ali. Como aqui tem muitos vigilantes, motos, ele ouviu barulho de motos se assustou e fugiu", contou Levi.

Ele descreveu o indivíduo como negro e forte. "Não consigo entender a finalidade disso aí", afirmou. O secretário disse que o elemento não disse nada. "Se abaixou, pegou a arma e começou a atirar. Parou, botou o braço para fora e atirou". Levi entende que como o indivíduo era grande, não teve mobilidade para atirar de dentro do carro e atingir o alvo.

O secretário disse que nunca sofreu nenhum tipo de ameaça e nem intimidação. "Por isso eu caminhava tranquilo todos os dias, nunca tive segurança". Sobre eventual relação do atentado com seu cargo na Prefeitura, reconheceu que é "tido como muito enérgico e muito rígido".

"Estou lá há cinco anos e quatro meses, óbvio que desagradei muita gente, mas nunca imaginei que pudesse chegar a esse ponto o fato de ter agido corretamente, nunca imaginei!".

Levi disse que não iria mudar sua rotina de trabalho na Prefeitura. "Se tinha algum interesse nesse sentido, não vou mudar". Já sobre a rotina pessoal, disse que não vai mais fazer as caminhadas matinais nem sair sozinho à noite. "Já perdi a confiança e a tranquilidade. Algumas medidas de segurança terei que tomar, medidas quanto à segurança, nada além disso".



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