Prefeito Daniel Alonso em depoimento na CPI da Covid, na Câmara de Marília
O vereador Ivan Negão (PSB), relator da CPI da Covid da Câmara de Marília, tem prazo até o final desta semana para entregar o relatório final da Comissão. "Estamos aguardando. Acho que esse relatório poderia ter sido entregue no final do ano passado, mas como está a cargo do relator, é ele quem pode se manifestar sobre isso", disse o presidente da CPI, vereador dr. Élio Ajeka (PP) ao JORNAL DO POVO.
Ivan Negão não atendeu ligação do JP e nem deu retorno à mensagem via WhatsApp.
TRÂMITES
Após ser apresentado por Negão, o relatório será analisado por Ajeka e pela vereadora Vânia Ramos (Republicanos), membro da Comissão, que deverão assinar o documento, caso concordem com o mesmo. Se não concordarem, poderão apresentar parecer em separado.
Em seguida, o relatório seguirá para leitura em plenário (sem votação) e encaminhado para órgãos competentes, como o Ministério Público, caso seja recomendado.
UM ANO
A CPI está às vésperas de completar um ano do protocolo com pedido de sua instauração da Comissão e efetiva instalação.
O pedido foi protocolado por Ajeka (PP) no dia 26 de abril de 2021 e aprovado pelo plenário da Câmara em sessão realizada sete dias depois.
O presidente da Câmara, Marcos Rezende (PSD), nomeou Ajeka como presidente da CPI. O vereador Ivan Negão (PSB) foi nomeado relator e a vereadora Vânia Ramos (Progressistas) ficou como membro.
Semanas depois, Ajeka protocolou no Legislativo pedido de renúncia como presidente da Comissão. Rezende rejeitou o pedido e o manteve "na trincheira".
Dr. Élio Ajeka, Vânia Ramos e Ivan Negão, integrantes da CPI da Covid
"TRABALHO POSITIVO"
Ajeka considerou "positivo" o trabalho da CPI. "Principalmente pelo seu objetivo, que era apurar gastos e medidas da Prefeitura, além de outras questões, em relação à pandemia da Covid. O que foi apurado está nas mãos do relator. Vamos aguardar", resumiu. A CPI reuniu cerca de 4 mil páginas com transcrições de depoimentos em oitivas e cópias de documentos.
PRAZOS
A Comissão teve prazo inicial de 90 dias para sua conclusão. Foi regimentalmente prorrogado por mais 90 dias. Depois, o prazo passou a ser "esticado" sem justificativas.
Entre uma oitiva e outra, a CPI vem se arrastando há um ano, sem nenhum indício de conclusão dos trabalhos e entrega do relatório final para votação em plenário. Mistério!
OITIVAS
O primeiro a ser ouvido em oitiva da CPI foi o prefeito Daniel Alonso (PSDB), no dia 21 de maio. "CPI não é garantia de vida pra ninguém", disse ele, na mais polêmica frase do enredo da Comissão.
No de poimento, o prefeito também disse que a CPI serviria como “oportunidade para desmascarar canalhas”.
Também foram ouvidos o secretário municipal da Saúde, Cássio Luiz Pinto Júnior, o Cassinho, representantes de Hospitais e da Maternidade Gota de Leite, integrantes do Comus (Conselho Municipal da Saúde), do Fundo Municipal da Saúde, Sala de Vacinas e outros convidados.
Os membros da CPI solicitaram e analisaram centenas de cópias de notas fiscais, empenhos, relatórios financeiros e outros documentos. "Acho que em toda minha vida escolar nunca lí tanto", ironizou Ivan Negão ao JORNAL DO POVO.
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