O Mobiliza vai realizar convenção partidária na manhã do próximo domingo (21), na Câmara de Marília, para oficialização da chapa de candidatos a vereadores. Serão 18 candidatos, sendo 12 homens e 6 mulheres.
O Mobiliza já formalizou apoio ao pré-candidato a prefeito Ricardo Mustafá (PL). "Nossa estratégia de campanha está pronta e temos a expectativa de conseguir duas cadeiras na Câmara Municipal. A chapa de candidatos é boa, formada por pessoas com influência na comunidade, com boas propostas e bem preparadas", disse Sandro Espadoto, presidente do partido e vice-presidente da Codemar.
O alinhamento com Mustafá (candidato do prefeito Daniel Alonso) é natural, tanto pelo cargo exercido por Espadoto, quanto por dois ex-secretários do atual governo Daniel Alonso (PL), que deixaram os cargos em abril passado para disputar uma vaga na Câmara pelo Mobiliza.
São eles o ex-secretário municipal da Cultura, André Gomes (que sempre militou no PC do B) e Vanderlei Dolce, ex-secretário de Limpeza Pública.
Dolce: inquérito policial aberto a pedido do MP para investigar denúncias de fraudes para contratação de empresa por R$ 17 milhões sem licitação para capinação
EX-SECRETÁRIO ENVOLVIDO EM DENÚNCIAS E INQUÉRITO POLICIAL
Vanderlei Dolce figura em denúncias formalizadas pelo Ministério Público Estadual (MP/SP) e transformadas em inquérito policial na Delegacia Seccional de Polícia Civil.
O ex-secretário (que antes de assumir cargo comissionado na Prefeitura trabalhava como vendedor na Casa Sol), foi acusado de fraudes em dispensa de licitação e contrato emergencial de cerca de R$ 5 milhões para contratação da empresa Essencial Serviços, de São Paulo, para serviços de manutenção e conservação da limpeza pública, em Marília. As suspeitas surgiram no final do ano passado.
ROTEIRO
Em novembro, a secretaria comandada por Dolce rescindiu de forma amigável um contrato que durava quatro anos com a empresa Conservita (de Andradina), para os tais serviços. Esse contrato rescindido tinha o valor de R$ 700 mil por ano.
Poucos dias após rescindir o contrato, foi aberto processo licitatório para contratação de outra empresa para fazer serviços nos mesmos moldes, pelo mesmo prazo, mas com valor de R$ 17 milhões. Ou seja, 16 vezes mais caro que o contrato anterior.
A nova licitação ocorreria no dia 7 de dezembro, mas acabou suspensa por decisão do Tribunal de Contas do Estado (TCE/SP), que apontou irregularidades no processo. Após esta decisão, foi declarado estado de emergência.
Na denúncia, o MP apontou que esse tal estado de emergência foi fabricado para efetivar a contratação da empresa Essencial sem licitação, por R$ 17 milhões anuais. "A situação de emergência foi criada porque o agente público determinou a rescisão amigável do contrato anterior, que tinha o mesmo objeto do contrato emergencial, mas com valor muito inferior", citou a denúncia do Ministério Público.
A Prefeitura chegou a divulgar a contratação emergencial da Essencial, no dia 14 de dezembro, por R$ 4.629.434,58, para serviços de manutenção e conservação de limpeza pública por 6 meses. Valor dividido em seis parcelas de R$ 782.072, 43, até junho deste ano.
Em meio a esse rolo todo, Vanderlei Dolce, que realizava um péssimo trabalho como secretário, caiu fora da secretaria para disputar uma vaga de vereador nas eleições de outubro próximo.
CONTRATO DE QUASE R$ 20 MILHÕES
No Diário Oficial do Município desta quarta-feira (17), a Prefeitura publicou extrato de contrato com a empresa Essencial Serviços Gerais Ltda. para realização dos serviços de capinação, roçada, varrição, manutenção de jardins e pintura de guias por quase R$ 20 milhões, ou exatos R$ 19.833.424,80.
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