Uma moradora de Marília, Nilvana Monteiro Furlanetti Ferreira Neto, está entre as 942 pessoas acusadas de participar dos atos de 8 de janeiro em Brasília, contra fraudes nas eleições e corrupção no governo do PT, e que tiveram as prisões preventivas decretadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Todos estão recolhidos na Papuda (homens) ou na Colmeia (mulheres). A decisão ocorreu após a análise das 1.459 audiências de custódia com golpistas presos durante a invasão ao Congresso, ao Palácio do Planalto e ao Supremo Tribunal Federal ou no acampamento em frente ao quartel-general do Exército na capital federal.
Audiência de custódia é um ato do Direito processual penal em que o acusado por um crime, preso em flagrante, tem direito a ser ouvido por um juiz, ao qual cabe avaliar eventuais ilegalidades em sua prisão. Com base no relato dessas audiências, Moraes definiu quem seguirá preso e quem poderá responder ao processo em liberdade. A análise foi concluída nessa sexta-feira (20).
BLOQUEIO E ÔNIBUS APREENDIDO
Um morador de Marília, Márcio Vinícius Carvalho Coelho, aparece na lista de 52 pessoas físicas, criada pela Advocacia-Geral da União (AGU), que terão bloqueio de R$ 6,5 milhões em bens para custear danos causados em prédios públicos (Palácio do Planalto, STF e Congresso Nacional), em manifestações em Brasília. Marcos Vinícius aparece como MEI no setor de venda de salgados, aberta em 2021, com capital de R$ 7 mil.
Os atos foram classificados pela AGU como um “episódio traumático na história do país”. O grupo, argumenta a AGU, teve “papel decisivo no desenrolar fático” dos ataques às sedes dos Poderes da República e, por isso, “devem responder pelos danos causados ao patrimônio público federal e derivados”.
Segundo a AGU, a quantia bloqueada seria usada para ressarcir o Poder Público pelos danos causados aos prédios – quando houver condenação judicial nesse sentido.
Além de Marília, há pessoas presas em Brasília que moram em Tupã, Pompeia, Bauru, Jau e Cândido Mota.
ÔNIBUS DE EMPRESA DE MARÍLIA APREENDIDO EM BRASÍLIA
Um ônibus de uma empresa de turismo de Marília está entre os 87 bloqueados e apreendidos por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Os veículos estão estacionados na região da Granja do Torto em Brasília e levaram manifestantes para atos na Capital Federal.
O ministro determinou que os proprietários devem ser ouvidos em até 48 horas, e são obrigados a apresentar a "relação e identificação de todos os passageiros, dos contratantes do transporte, inclusive apresentando contratos escritos caso existam, meios de pagamento e quaisquer outras informações pertinentes".
O ônibus, Marcopolo Paradiso LD, com placas de Marília pertence à empresa Nova Canaã, localizada na Zona Oeste da cidade. A empresa recorreu da decisão.
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