Diego ao lado da esposa Kevelin e da sogra Silvia, se recuperando em hospital no Paraná
O caminhoneiro Diego Jair dos Santos, de 33 anos, é sobrevivente de um grave acidente entre carretas, ocorrido na tarde do dia 28 de maio (um domingo), na BR-153 (Transbrasiliana) próximo a Ocauçu.
Na noite desta segunda-feira (12), ele entrou em contato com o JORNAL DO POVO após sair da UTI e ir para um quarto de hospital em São José dos Pinhais (PR - 518,2 quilômetros de Marília), informando que ainda não tem data definida para receber alta médica.
"Não tenho uma data prevista ainda. Vou ter que correr atrás ainda do INSS, pois eu sofri uma quebra na bacia que demora a recuperação", explicou o caminhoneiro.
Casado com Kevelin e pai de dois filhos, Ana Clara e Arthur, ele ficou 9 dias internado no Hospital das Clínicas em Marília, antes de ser transferido para sua cidade natal (São José dos Pinhais).
Diego, que atua há dez anos na profissão, considera um milagre ter sobrevivido ao acidente. "Graças a Deus consegui vir para minha cidade natal onde fiz uma cirurgia de fixação do acetábulo sai da UTI hoje e sigo internado para recuperação. Considero isso um milagre", explicou.
Antes do acidente, o caminhoneiro trabalhou com o caminhão guincho do pedágio da BR-153. "Nesta rodovia atendi diversos acidentes e a cinemática do local do acidente que sofri é de óbito. Graças ao bom Deus nunca me envolvi em acidentes nos 5 anos de guincho e 5 anos de carreteiro, antes dessa colisão", disse.
Sobre o acidente que sobreviveu, Diego lembrou que estava conduzindo uma carreta Volvo FH 99 trucada, carregada com farelo de soja. "Só lembro de pedaços, foi tudo muito rápido", resumiu.
"Eu estava subindo na minha faixa, estava com peso de balança de quase 32 toneladas. O local é um trecho perigoso, pois vários motoristas abusam da velocidade. Eu tentei desviar o caminhão, mas ele vinha muito rápido", relatou Diego.
O caminhoneiro reclamou das condições da BR-153 (sob concessão da Triunfo/Transbrasiliana), no trecho de cerca de 70 quilômetros entre Marília e Ourinhos. Buraqueira no asfalto, pistas simples sem acostamento e diversos de alto risco de colisões.
"Um absurdo uma rodovia pedagiada, não é barato o pedágio, por sinal, e sem pelo menos a via mais larga. Aquele pedaço ali (onde ocorreu o acidente) sem acostamento", apontou Diego.
O ACIDENTE
A colisão frontal entre as duas carretas na BR-153 causou a morte do motorista Elton Di Masi Tormes, de 52 anos.
Ele conduzia uma carreta carregada com chapas de aço no sentido Ourinhos a Marília, colidiu com a outra carreta. O motorista da carreta que seguia no sentido contrário, Diego Jair dos Santos, relatou aos policiais, durante o socorro, que teve a pista invadida pelo outro veículo.
Ele foi conduzido por equipes de resgate ao Hospital das Clínicas de Marília, onde permaneceu internado.
Houve danos de grande monta em ambas as carretas, com destruição de cabines e uma delas ficou atravessada na rodovia, causando longas filas e congestionamento nos dois sentidos.
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