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Foto do escritor J. POVO- MARÍLIA

"Muita raiva e queremos justiça", diz filha de motociclista morto por motorista embriagada, na região


A filha do motociclista Gregório Angelo Gimenez, de 59 anos, atropelado por um carro, conduzido por uma motorista com sinais de embriaguez, aponta a irresponsabilidade no trânsito como a causa da morte do pai. O caso ocorreu no domingo (14), em Pederneiras.

Ele foi "empurrado" por um carro em alta velocidade no cruzamento da Avenida Dom Silva Mário Dário com a Rua Capitão Joaquim Barreto, por volta das 18h.

Na sequência, o automóvel ainda seguiu na via e atropelou um casal que estava em uma motocicleta, trafegando no sentido contrário da avenida. Eles tiveram ferimentos leves e já foram liberados.

Dentro do carro que causou o duplo acidente, os policiais encontraram várias latas de cervejas vazias e uma condutora que apresentava sinais de embriaguez. Para Gleice Rissato Gimenez, filha da vítima, um exemplo de descaso com a vida alheia e imprudência no trânsito.

"Irresponsabilidade. Sinto raiva, muita raiva! Não era para meu pai ter morrido assim, por imprudência e falta de respeito com o outro", diz a jovem de 18 anos.

Como a condutora estava em atendimento hospitalar, o teste de bafômetro não foi realizado no local do acidente. Ela sofreu uma fratura, teve escoriações pelo corpo e precisou ser encaminhada para a Santa Casa da cidade, onde passou por cirurgia ortopédica. O estado de saúde dela é considerado estável.

Por conta dos sinais de embriaguez apresentados, a motorista foi presa em flagrante por lesão corporal e homicídio culposo na direção de veículo automotor sob influência de álcool e segue internada sob escolta da Polícia Militar. Após a alta, ela deve passar por audiência de custódia.

Mulher é presa após atropelar motociclista e casal em Pederneiras; uma pessoa morreu

O inquérito policial foi instaurado, os veículos apreendidos e levados para o pátio da Polícia Civil. A perícia foi realizada no local.

"Quero que a justiça seja feita, quero espalhar o nome dele, homem bom e honesto e, acima de tudo, trabalhador demais", relata a filha.

'Meu herói'

A perda de um ente querido é muitas vezes uma dor irreparável, ainda mais quando há o reconhecimento de "herói". Para confortar o próprio coração neste momento, Gleice busca nas boas memórias com o pai a força necessária para seguir em frente.

"O que ficam são as memórias boas. Lembrar dele brincando de boneca comigo na sala quando eu era criança. Quando ele me buscava no ponto de ônibus às 23 horas. Quando ele se preocupava comigo saindo da cidade de moto. Quando ele chegava do serviço e contava tudo", diz.

"Ele era meu herói! Tinha o jeito dele de ser carinhoso. Não era por palavras e abraços, mas com o olhar dele já dizia que me amava, a mim e minha mãe", aponta a filha.

Caminhoneiro, a filha diz que brincava com a possibilidade de seguir a profissão do pai. Ele, por sua vez, fazia questão que ela estudasse para ter oportunidades em outras áreas, o que deu certo, uma vez que Gleice hoje é estudante do curso de jornalismo.

"O caminhão, ele chamava ele de sucatão, sempre falava para ele que queria ser caminhoneira. Ele sempre falava que era um trabalho difícil, apesar de estudar jornalismo", comenta.

"Mesmo aposentado continuou trabalhando para me dar tudo que eu queria. Ele era muito brincalhão e trabalhador. É assim que sempre vou lembrar dele", comenta.


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