O comerciante foi morto a facadas na madrugada de 12 de fevereiro passado, no apartamento em que o casal residia, em um prédio localizado na região central da cidade.
A CONFISSÃO
Nesta quarta-feira (13), ao ser interrogada formalmente na presença de seu advogado, a mulher afirmou que na noite do crime, após o casal ter tido uma conversa sobre o relacionamento do convívio conjugal e com a intenção de separação, houve uma discussão entre as partes, porém, tal situação foi amenizada e ela deitou-se na cama e tentou cochilar, quando sentiu uma “ardência” em seu braço esquerdo que a fez despertar.
Ao acordar, a mulher percebeu que seu marido estava com uma faca e havia feito um corte nela. Neste momento, ela teria se assustado e ido até a lateral da cama, onde iniciou uma discussão com xingamentos.
Depois, ambos já estando em pé, seu marido teria agarrado-a fortemente pelos cabelos e continuado a xingá-la sobre fatos de cunho familiar.
Neste momento, segundo o depoimento, ela pegou a faca que estava sobre a cama e desferiu um golpe no pescoço do marido, que estava em suas costas agarrando seus cabelos.
Após o golpe, a vítima não a teria soltado, e a mulher desferiu uma nova facada atingindo o pulso direito do homem, com o qual ele a segurava, fazendo-o soltá-la.
Após isso, ambos caíram no chão, entre a cama e a parede da janela, mas o marido ainda continuava tentando investir contra ela.
De acordo com o depoimento prestado à Polícia Civil, ela desferiu outro golpe no pescoço da vítima, porém, mesmo assim, o homem investia contra a mulher, tentando agarrá-la mais uma vez, momento em que a suspeita atingiu o pulso esquerdo da vítima.
Após o golpe, ela percebeu que a vítima se mexia, sangrava muito e não falava.
A mulher disse que entrou em desespero e provocou um ferimento em si mesma, com a intenção de se matar, mas acabou desistindo daquela ação.
Depois, foi até o banheiro, pegou seu celular e acionou a Polícia Militar pelo 190, aguardando a chegada dos policiais ao apartamento para o atendimento da ocorrência. Ela afirmou que agiu sozinha e não premeditou o crime.
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