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Médico que matou a esposa envenenada é proibido de receber visita da amante na cadeia

  • Adilson de Lucca
  • 24 de jul.
  • 2 min de leitura
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Garnica matou a esposa Larissa envenenada

Preso por assassinar a esposa envenenada, o médico Luiz Antônio Garnica está proibido de receber visita de sua amante dentro da Penitenciária de Serra Azul (SP), onde ele está preso há duas semanas.

A amante tem tentado visitar Garnica desde que ele foi preso. Entretanto, "por não ser esposa e por não possuir união estável com ele, ela não preenche os requisitos" que permita a liberação para que ela possa visitá-lo, informou o Ministério Público de São Paulo.

Além da necessidade de vínculo legal, é preciso retirar uma carteirinha que permite visitas aos presos no sistema penitenciário de São Paulo. A emissão e retirada dessa carteirinha leva em torno de 40 dias. Não foi informado se amante tentou retirar a carteira junto à Secretaria de Assistência Penitenciária estadual. O UOL entrou em contato com a pasta, mas não obteve retorno.

Para a promotoria, insistência da amante em ver Garnica mostra que eles tinham uma relação antes da morte de Larissa Rodrigues, que era a esposa do médico. "O que quer dizer isso? Que o relacionamento que eles tinham era bastante intenso, e que de fato eles buscavam ficar juntos, mesmo depois da morte da Larissa, o que se efetivou", declarou o promotor Túlio Nicolino.

Ainda segundo o MPSP, Luiz Antônio está preso em uma cela comum porque o Supremo Tribunal Federal derrubou o benefício que concedia direito a cela especial para presos com diploma de curso superior. Além de Garnica, a mãe dele Elizabete Arrabaça, também está presa em uma cadeia de Votorantim por participação no crime. Os dois negam as acusações e afirmam ser inocentes.

RELEMBRE O CASO

Garnica chamou a polícia após ter encontrado Larissa morta no apartamento do casal em Ribeirão Preto. O caso aconteceu em 22 de maio e ele relatou que trabalhava em um plantão e não teria conseguido contato com a mulher de manhã. Ao chegar em casa, a encontrou caída no banheiro e, por ser médico, teria a colocado na cama e tentado reanimá-la.

Quando a equipe do Samu chegou, constatou que a morte teria ocorrido há cerca de dez horas. Segundo a investigação, o comportamento do médico levantou suspeitas. Havia forte cheiro de produtos de limpeza no imóvel.

A investigação apurou que, 15 dias antes da morte da nora, a mãe do médico procurou chumbinho para comprar. O veneno, altamente tóxico, foi banido do mercado brasileiro em 2012, mas continua sendo vendido de forma clandestina. Ela também teria ligado para uma amiga fazendeira perguntando sobre o veneno e onde poderia comprar a substância.

O exame toxicológico feito em Larissa apontou envenenamento como a provável causa da morte da vítima. Segundo o delegado Fernando Bravo, a mulher foi envenenada ao longo de duas semanas na alimentação, até que os suspeitos aplicaram uma dose fatal.

Mãe também é investigada pela morte da própria filha, irmã do médico. Nathália Garnica sofreu um infarto um mês antes da morte de Larissa. Diante das circunstâncias, o corpo dela, que tinha 42 anos, foi exumado e a ingestão de chumbinho foi comprovada por exames periciais.

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