Após diversas denúncias informando que em uma residência localizada na Rua Idalino da Silva, Parque João Paulo II, em Garça, havia dois animais em situação de maus-tratos, equipe da ONG Spaddes (Proteção Animal) de Marília, com o apoio da Polícia Militar, foi até o local na noite desta quarta-feira (19).
No local foi encontrado um homem que se identificou como proprietário da residência e tutor dos animais. Ele franqueou a entrada da equipe na residência para fiscalização.
Foi constatado que dois animais estavam extremamente caquéticos, sem assistência médica veterinária e sem alimentação. O dono dos animais disse que eles não estavam doentes e que não estavam em situação de maus-tratos. Havia apenas água para os cachorros.
Diante da situação a Polícia Militar foi acionada no local e o tutor dos animais recebeu voz de prisão pelo crime de maus-tratos por não prestar assistência médica veterinária aos animais e não fornecer alimentação.
O homem foi conduzido para a CPJ de Marília e os animais foram recolhidos pela ONG. No plantão policial o domo dos cachorros foi liberado antes mesmo da equipe da ONG chegar.
O representante da ONG, Gabriel Fernando, disse que a delegada responsável pelo plantão, Márcia Bicalho Borini, decidiu não fazer a lavratura do flagrante, bem como não fez a oitiva dos representantes da ONG, não verificou o laudo médico veterinário (fotos da situação dos animais) e informou que os animais teriam que ser devolvidos ao proprietário. "Ela informou também que o boletim de ocorrência seria feito pela Polícia Militar e depois seria encaminhado para delegacia da cidade de Garça para investigação", afirmou o ativista.
Antes dos animais serem devolvidos ao dono, eles passaram por exame para verificar o estado de saúde, que apresentaram alterações para algumas doenças que se não forem tratadas imediatamente, os animais correm o risco de morte.
"A ONG Spaddes lamenta esse episódio triste, onde os animais tiveram que ser devolvidos ao dono. A ONG também informa que vai encaminhar a conduta da delegada para corregedoria da Polícia Civil", afirmou Gabriel Fernando.
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