Um homem que se intitulava pastor, mas era na verdade um bandido, foi condenado a 20 anos de prisão pelo crime de estupro de vulnerável contra uma adolescente, de 14 anos, em Bauru. A decisão consta no Diário Oficial de Justiça da quarta-feira (27) e cabe recurso.
Na sentença, a juíza Daniele Mendes de Melo, da 2ª Vara Criminal de Bauru, condenou o sujeito por uma série de abusos sexuais contra a adolescente durante sessões de aconselhamento espiritual. Ele era pastor da igreja frequentada pelos pais da vítima.
Segundo a condenação, as reuniões religiosas foram feitas durante três meses, sendo realizadas duas vezes por semana. Neste período, o pastor ameaçava a vítima para que não contasse o que acontecia no gabinete pastoral.
A magistrada apontou ainda na decisão que o crime foi configurado a partir do relato da adolescente, comprovado pela declaração das testemunhas.
“Como é sabido, nos delitos sexuais que quase sempre ocorrem na clandestinidade, a declaração da vítima é sobremaneira importante para ajudar a desvendar a autoria e merece total credibilidade, sobretudo quando coerentes com as demais provas, como ocorreu na hipótese dos autos. A vítima narrou com detalhes a conduta do acusado, não havendo quaisquer contradições em suas declarações”, concluiu.
A pena foi fixada em 20 anos de reclusão, em regime inicial fechado. Não foram divulgadas as identidades dos envolvidos.
