A Central de Polícia Judiciária (CPJ), em Marília, recebeu na tarde desta terça-feira (14), um registro de ocorrência elaborado pela Polícia Militar, onde o árbitro Samuel Da Silva Gonçalves, de 33 anos, alegou ter sido vítima de crime de racismo contra ele, no Estádio Municipal Bento de Abreu Sampaio Vidal.
A equipe policial foi solicitada por Gregório Rossi Gorni, diretor do jogo que acontecia no Estádio, entre Marília Atlético Clube e Novo Horizontino, na tarde da sexta-feira (10), pelo Campeonato Paulista Sub 20, o qual relatou que fora informado pelo árbitro da partida que um dos "bandeirinhas", Samuel, ao final da partida, teria ouvido gritos de origem racista, proferidos por alguns integrantes da torcida "Mancha Azul", por diversas vezes: "vai vestir Shorts". O detalhe é que o referido é negro e usava short preto. O Maquinho perdeu o jogo por 4 a 3.
O Boletim de Ocorrência foi regisrado com base na Lei 7.716/89 - Preconceitos de Raça ou de Cor - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro, em razão de raça, cor, etnia ou procedência nacional. Esse crime prevê pena de reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. Parágrafo único. A pena é aumentada de metade se o crime for cometido mediante concurso de 2 (duas) ou mais pessoas.”
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