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Adilson de Lucca

Polícia prende mulher envolvida na morte do marido, na região. Amante matou e enterrou o corpo dele no quintal de casa


A Polícia Civil cumpriu mandado judicial e prendeu na tarde desta sexta-feira (8), a esposa do lavrador Adriano Silva Barreto, de 37 anos, que foi morto e enterrado no quintal da casa de seu amante em Guaimbê.

A mulher foi presa em Promissão, por suspeita de participação na morte e também na ocultação do corpo de Adriano. Ela está presa na CPJ de Lins e aguarda audiência de custódia, neste sábado (9).

Na noite de quarta-feira (6), três pessoas foram presas depois do corpo ser localizado. O crime ocorreu na última segunda-feira (4). Dos três detidos, somente Luís Henrique Bezerra da Silva, de 29 anos, o amante, permaneceu preso acusado pelo homicídio e ocultação de cadáver.

A investigação do caso começou quando a polícia recebeu a denúncia de que um rapaz havia matado um homem atropelado e colocado o corpo em um carro. A informação também apontava que o cadáver foi enterrado no quintal de uma residência.

Policiais militares se deslocaram até o endereço que constava na denúncia e verificaram, pelo lado de fora do imóvel, que havia terra revirada no quintal. A equipe conversou com vizinhos, que informaram que o suspeito, identificado como Luís Henrique, residia no local junto com o seu pai.

Ele não foi encontrado na primeira residência visitada pela polícia. Como resultado, os militares foram até a casa de uma mulher de 33 anos, com quem eles sabiam que Luís Henrique mantinha um relacionamento amoroso. Ele foi localizado e abordado no local.

Sob interrogatório, o homem confessou o crime e revelou que havia enterrado Adriano no quintal de sua casa.

Luís Henrique também afirmou que a mulher com quem mantinha um relacionamento não era sua parceira oficial, mas sim sua amante, e que ela havia participado do assassinato de Adriano.

VERSÃO DA MULHER

Em depoimento, a acusada reconheceu que era casada com a vítima e tinha o rapaz como amante. Ela narrou que na última segunda-feira (4) saiu para caminhar com o marido e teve que avisar Luís Henrique que, segundo ela, era muito ciumento.

O relato indica que em certo momento, ela e o marido entraram em uma discussão. A vítima, Adriano, deu a entender que estava ciente do relacionamento extraconjugal e, de acordo com o relato da mulher, chegou a sacar um facão contra ela.

A mulher afirma que começou a correr e a gritar por socorro quando percebeu que um carro se aproximava. O veículo acabou atingindo o marido.

Em uma narrativa confusa, a mulher insistiu que não olhou para trás para testemunhar o acidente envolvendo o marido. Ela mencionou que não tinha certeza, mas suspeitava que o carro era do amante.

Pouco depois, Luís Henrique teria telefonado, convidando-a para ir à sua casa. Segundo o relato da mulher, foi nesse momento que o amante confessou o crime e pediu sua ajuda para ocultar o corpo.

Durante o depoimento, a mulher relatou que recusou o pedido e queria que o homem se entregasse, uma solicitação que não foi atendida.

VERSÃO DO AMANTE

Para as autoridades policiais, o acusado afirmou manter um relacionamento extraconjugal com a mulher há dois anos. Ele alegou que ela frequentemente se queixava de ser vítima de agressões por parte do marido. Segundo o acusado, há três dias, a mulher supostamente perdeu um filho que gerava resultante dessas agressões.

No dia do crime, a mulher teria ligado para o amante, informando que o marido estava embriagado e violento. Ela expressou sua intenção de sair para caminhar, pois não conseguia ter paz com ele por perto, e pediu ao amante que ficasse de prontidão.

De acordo com o acusado, ao avistar a mulher correndo seguida pelo marido, ele deliberadamente o atropelou. Posteriormente, retornou com o veículo e golpeou a vítima na cabeça com um pedaço de pau.

Luís Henrique Bezerra da Silva alega ter compartilhado os detalhes do incidente com a amante. Em seguida, ele cavou uma cova e envolveu o corpo em uma lona.

Ainda conforme o rapaz, juntos, ele, a mulher e um adolescente de 17 anos, transportaram o corpo para a cova.

O menor foi ouvido pela polícia e afirmou que Silva também pediu ajuda para ocultar o cadáver, porém, ele se negou a colaborar.

Luís Henrique permaneceu à disposição da Justiça, enquanto a mulher e o menor foram interrogados e liberados.





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