A Polícia Civil divulgou nesta sexta-feira (31), o ex-presidiário Anderson Ricardo Lopes, o Ricardinho, de 42 anos, como acusado pelo assassinato do vendedor Walter Luiz Aparecido Marcondelli Júnior, o Wal, de 40 anos. O crime ocorreu na manhã do dia 7 de dezembro do ano passado, em frente um estacionamento no Bairro Fragata.
“Várias diligências foram realizadas visando a prisão dele, com várias incursões pela Favela do Azaleia para localizá-lo, mas até agora o paradeiro do investigado é desconhecido”, afirmou em Nota o delegado titular da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), Luis Marcelo Perpétuo Sampaio.
Contra Ricardinho há um mandado de prisão temporária expedido pela Justiça desde janeiro. O delegado espera pela prisão dele para saber "da real motivação do crime". A Polícia Civil também investiga o envolvimento de Ricardinho na morte de Juarez Sampaio, executado com três tiros à queima roupa no bairro Nova Marília, em janeiro passado.
A EXECUÇÃO DE WAL
Wal foi alvejado por ao menos cinco disparos por um homem ocupando uma motocicleta com baú de entregas.
Vídeo que flagrou a ação mostrou que Walter, está na calçada, falando ao celular, quando um rapaz usando uma motocicleta com uma mochila tipo baú de entregas se aproxima e para.
O ocupante da moto saca um revólver e inicia os disparos. Walter, que nem percebeu a chegada da moto, reage ao ser atingido e tenta sair da mira do assassino. Ele corre e cai na calçada.
Alguns metros adiante, se rasteja para se proteger entre alguns veículos, mas o assassino desce na moto (que cai apoiada em um carro), vai até Walter e faz mais disparos. No total, foram cinco tiros.
A vítima morreu no local. Em seguida, o autor dos tiros volta para motocicleta e na movimentação para fugir, deixa cair o revólver calibre 38, que foi recolhido pela Polícia Científica. Há informações que Walter, ao perceber os disparos, gritou "não sou eu!".
O CASO CMN
Ricardinho esteve envolvido no emblemático caso do incêndio da extinta Central Marília Notícias (CMN - Jornal Diário e Rádios Dirceu e Diário FM), em setembro de 2005. No dia 13 de outubro do mesmo ano, o então delegado Seccional, Roberto Terraz, pediu a prisão de Ricardinho e outro indivíduo que ele apontou como o elemento que o levou em um VW Gol para participar do incêndio criminoso. Contou que antes de seguirem para a CMN, eles estiveram em um galpão localizado na Avenida Brigadeiro Eduardo Gomes, onde funcionava um comitê eleitoral, à época.
Foragido, Ricardinho acabou sendo preso meses depois na casa de um tio dele, em Embu das Artes, na grande São Paulo.
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