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LARGANDO A ENXADA: população do campo reduz quase 70% em um ano, em Marília

  • Foto do escritor:  J. POVO- MARÍLIA
    J. POVO- MARÍLIA
  • 25 de ago.
  • 2 min de leitura
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Levantamento mostra que cerca de 70% das pessoas que viviam no campo vieram para a cidade, em Marília, entre 2024 e este ano.

Depois de viver a maior parte da vida morando na zona rural, Ana Maria Golzio decidiu se mudar para a cidade com as três filhas. Ela disse ao G1 que conseguiu a casa própria pelo programa Minha Casa Minha Vida.

O principal motivo da decisão, segundo ela, foi o acesso a melhores condições de vida para suas filhas: "O acesso a escola, porque o ônibus vem, pega a benzina à porta de casa, então as crianças vão mais fácil para a escola".

Ao chegar à cidade, Ana Maria começou a trabalhar no açougue de um supermercado. Mesmo sentindo falta do campo, ela ainda vê vantagens em continuar na cidade:

"No bairro mesmo tem o mercadinho, qualquer coisa que falta a gente vai lá e pega. Na fazenda, não, porque a gente tinha que passar daquele jeito, porque não tinha, a gente tinha que se virar com o que tinha lá."

Segundo o economista Benedito Godofredo, o movimento de saída das pessoas do campo continua acontecendo:

"Principalmente devido à mecanização, à informatização do meio rural, muitas pessoas que estão hoje lá não conseguem esse acesso. E, às vezes, propriedades menores, que não valem a pena certos investimentos. Este, e principalmente se a pessoa é um pouco mais jovem, a tendência é ele migrar para o meio urbano."

Segundo o Índice de Potencial de Consumo, em 2024, 9.062 pessoas moravam na zona rural em Marília. Em 2025, o número caiu para 2.842 pessoas, uma redução de 68,64%.

O consumo por pessoa no campo, no entanto, aumentou 18,46%. Isso mostra que, embora menos gente more na zona rural, quem está no campo tem mais poder de compra.

Como o casal Aparecido e Eliane Oliveira, que mora em um sítio arrendado há seis anos e leva uma rotina tranquila. Na propriedade, há uma horta, criação de animais e um custo de vida mais baixo. Na cidade, os gastos eram maiores.

Enquanto uns encontram no meio urbano mais acesso e oportunidades, outros escolhem o silêncio da roça, o verde e outras particularidades. "Sair do sítio é só no fim da vida mesmo", confessam.

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