O prefeito Daniel Alonso (PL) disse ao JORNAL DO POVO na noite desta terça-feira (13) que ligou para o vereador Eduardo Nascimento e o parabenizou pela vitória na eleição para a presidência da Câmara Municipal.
Nascimento foi eleito com seis votos, contra cinco do outro concorrente, vereador Júnior Moraes (PL), que tinha o apoio declarado do Executivo.
Sobre as expectativas para a gestão de Nascimento no comando da Câmara, Alonso destacou o que considera "maturidade da relação".
"Para o próximo biênio acredito na maturidade da relação entre Executivo e Legislativo. Eduardo tem experiência na presidência da Câmara. Sabemos respeitar o que diz a Constituição sobre os poderes: independentes, mas harmônicos", afirmou o prefeito. E completou: "unidos pelo bem da nossa querida cidade e do nosso povo, principalmente os menos favorecidos".
Prefeito Daniel Alonso e Nascimento (então secretário de Esportes) no gabinete
QUASE ACIONARAM A GUILHOTINA
Após a vitória de Nascimento, hoje, parte do núcleo forte do segundo andar da Prefeitura relacionou todos os nomes de ocupantes de cargos comissionados ligados aos vereadores Élio Ajeka (PP), Ivan Negão (PSB) e Vânia Ramos (Republicanos).
Esses vereadores foram classificados como "infieis", pois teriam assumido compromisso de votar em Júnior Moraes para a presidência do Legislativo.
A decisão de acionar a guilhotina, com edição extra do Diário Oficial do Município trazendo os nomes incluídos no "facão", foi levada ao prefeito Daniel Alonso, que barrou a intenção.
"EXEMPLO" DADO APÓS APROVAÇÃO DA CPI DA CARNE ESTRAGADA
Em fevereiro de 2018, um dia após a Câmara ter aprovado a CPI da Carne Estragada (que acabou em pizza), a Prefeitura editou uma edição extra do Diário Oficial com a exoneração de 31 cargos comissionados ligados a vereadores que votaram a favor da proposta.
A medida atingiu funcionários da própria administração e também da Emdurb, a empresa municipal que administra, entre outros setores, o trânsito da cidade.
Em nota, naquela oportunidade, a Prefeitura informou que, “em hipótese alguma (a medida) está relacionada a qualquer retaliação”, e que ela foi tomada “seguindo planejamento prévio de reforma administrativa, com objetivo de reduzir despesas”. Tempos depois, todos os exonerados foram, aos poucos, sendo renomeados.
Questionado sobre o episódio da "guilhotina desativada", hoje, Daniel Alonso não se manifestou.
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