
"Não sei"! Esta foi a resposta do prefeito eleito de Marília, Vinicius Camarinha (PSDB), sobre uma pergunta do JORNAL DO POVO, em recente entrevista coletiva, relacionada à verbas para o pagamento dos servidores públicos municipais, no quinto dia útil de janeiro de 2025. A folha de pagamento dos servidores ativos da Prefeitura, com encargos, é de cerca de R$ 32 milhões mensais. Afora o repasse de cerca de de R$ 11 milhões ao Ipremm (Instituto de Previdência) referentes ao repasse mensal e parcelamentos de dívidas com o Instituto.
Diante deste cenário, o vereador Rogerinho (Progressistas), eleito vice-prefeito de Marília, apresentou o Projeto de Lei nº 133/2024, que obriga o prefeito a manter uma reserva financeira suficiente para garantir o pagamento integral das remunerações e encargos dos servidores públicos municipais, incluindo os ativos, inativos e pensionistas, referentes à folha de pagamento de dezembro, que é quitada em janeiro do ano seguinte.

Vinicius Camarinha, Daniel Alonso e Rogerinho em reunião da transição de governo
Na justificativa apresentada ao Legislativo, Rogerinho destacou a preocupação com a situação financeira do município, apontando que o cenário atual é crítico quanto à disponibilidade de recursos. Segundo o vereador, “nos preocupamos sobremaneira com a folha de pagamento de nossos servidores, especificamente a folha de dezembro, que será paga no mês de janeiro do próximo exercício”.
Ele ressalta que, ao assumir o cargo, o novo prefeito terá apenas cinco dias para entender os desafios administrativos e garantir os recursos necessários para honrar os compromissos com os servidores. O projeto visa assegurar a estabilidade financeira no período de transição de governo, evitando que a nova gestão enfrente dificuldades logo no início do mandato. Rogerinho argumenta que essa medida é crucial para o bom andamento dos trabalhos da administração pública e para garantir os direitos dos servidores municipais. A proposta segue agora para análise das comissões permanentes da Câmara e, posteriormente, será debatida em plenário. Se aprovada, a lei deverá entrar em vigor ainda neste exercício, trazendo, teoricamente, mais segurança para a gestão financeira do município.

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