Prefeitura de Marília lançou o Ganha Tempo da Saúde/Zera Fila e já encaminha o sistema de telemedicina
- Adilson de Lucca
- 22 de jan.
- 4 min de leitura

Em cerimônia no Teatro Municipal, o prefeito Vinicius Camarinha (PSDB) lançou nesta terça-feira (21), o programa Ganha Tempo da Saúde/Zera Fila. O objetivo do programa é reduzir o grande número de pedidos de consultas, exames e cirurgias que aguardam há anos na fila de espera para atendimento.
O prefeito informou que serão investidos no programa um total de R$ 9 milhões, sendo R$ 6 milhões via governo do Estado, R$ 1 milhão de emenda parlamentar da deputada Bruna Furlan e R$ 2 milhões em recursos municipais. Vinícius Camarinha anunciou ainda que desse recurso R$ 800 mil serão destinados para aquisição de próteses, órteses e cadeiras para pacientes de ortopedia.
Levantamento apresentado pela Secretaria Municipal da Saúde aponta que atualmente são 13.500 pacientes aguardando exame de raio-X; 10.315 pacientes esperando consulta oftalmológica, 10.213 na ortopedia; 9.080 pacientes esperando ultrassonografia, 7.712 pacientes aguardando atendimento em psicologia e psiquiatria, 5.300 pacientes na espera para otorrinolaringologia; 5.100 pedidos para neurologia e 4.653 para fisioterapia.
“Quando assumimos a Prefeitura, verificamos que a situação era inadmissível e desumana. Temos pacientes esperando há anos por consultas, exames ou cirurgias. Por isso, determinei a criação imediata deste programa”, afirmou o prefeito.
O programa Ganha Tempo/Zera Fila terá início com as seguintes especialidades: ortopedia, otorrinolaringologia, próteses dentárias, exames de raio-x e ultrassom, cirurgias de hérnia e vesícula e densitometria óssea.
Vinícius Camarinha afirmou que como prometeu durante a campanha, a saúde será a prioridade neste início de governo. “Estamos focados de corpo e alma para entregar o que pactuamos na eleições. Temos que estar unidos para cuidar da população. Tem que sobrar recurso para cuidar do povo. Vamos chegar a 100% da cidade coberta pelo Programa Saúde da Família. Quero pedir o apoio de todos da saúde, tenham confiança que terão de nós todo apoio e diálogo”, disse o prefeito.

Durante o lançamento do Programa Ganha Tempo da Saúde, o prefeito Vinícius Camarinha assinou autorização de concessão de 14º salário aos agentes de saúde e agentes de controle de endemias. Também autorizou a atualização de salários da categoria e contratação de 22 novos agentes com início imediato. O projeto de lei sobre os salários dos agentes comunitários será encaminhado à Câmara Municipal para entrar na pauta da primeira sessão em fevereiro.
FILA ÚNICA PARA CONSULTA
A secretária da Saúde, Paloma Libânio, disse em entrevista à imprensa que é um plano de trabalho extenso e no programa Ganha Tempo/Zera Fila a secretaria conta com hospitais parceiros como HBU, Santa Casa e Clínica Aconchego, para atender os pacientes que aguardam por exames e consultas de especialidades. “O prefeito não quer filas. O paciente terá uma fila única para consulta, exame e cirurgia. Vamos organizar as unidades de saúde para poder participar do programa. O próximo passo também será a telemedicina”, disse a secretária.

O QUE É TELEMEDICINA?
A telemedicina é um processo avançado para monitoramento de pacientes, troca de informações médicas e análise de resultados de diferentes exames. Estes exames são avaliados e entregues de forma digital, dando apoio para a medicina tradicional.
A telemedicina já é utilizada em todo mundo, de forma segura e legalizada, estando de acordo com a legislação e as normas médicas. A prática se popularizou mais durante a pandemia de Covid-19, quando o governo brasileiro liberou também as teleconsultas.
Com o uso de tecnologias de informação, que agregam qualidade e velocidade na troca de conhecimento, os médicos podem tomar decisões com maior agilidade e precisão. Por meio da telemedicina, os especialistas conseguem acessar os exames de qualquer lugar do país, utilizando computadores e dispositivos móveis, como smartphones e tablets conectados à internet.
O termo telemedicina tem origem na palavra grega ‘tele’, que significa distância. Também é usada para formar as palavras telefone, televisão etc. Assim, a telemedicina abrange toda a prática médica realizada à distância, independentemente do instrumento utilizado para essa relação. A prática tem origem em Israel e é bastante aplicada nos Estados Unidos, Canadá e países da Europa.
Desde seu início, na década de 1950, a telemedicina mudou e avançou muito. Antes, poucos hospitais utilizavam televisões para chegar a pacientes em locais remotos. Mas com o avanço dos meios de comunicação, o contato entre médico e paciente ou entre os profissionais de saúde ficou mais simples e prático: a relação e a troca de informações foi ampliada com o telefone fixo, depois com os celulares, e se tornou ainda mais rápida com a internet. Computadores, tablets e smartphones facilitam as videoconferências e o avanço da Inteligência Artificial (IA) leva conhecimento ao alcance de todos.
Durante a pandemia de Covid-19, a telemedicina teve avanços significativos não só em termos de legislação, com a liberação de algumas práticas até então não regulamentadas, como a teleconsulta, mas também em relação a aceitação da população e da própria classe médica.
O atendimento médico remoto foi fundamental para desafogar os pronto-atendimentos, fazer o monitoramento de pacientes em isolamento em casa, fazer teleinterconsulta entre médicos intensivistas e médicos clínicos-gerais em UTIs, além de teleinterconsulta para segunda opinião médica em alguns casos, assim como facilitou o acesso a médicos especialistas em regiões remotas.










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