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Prefeitura recorre ao TJ e barra greve dos servidores municipais

Foto do escritor:  J. POVO- MARÍLIA J. POVO- MARÍLIA


Prefeito Daniel Alonso e a presidente do Sindimmar, Vanilda Lima

Ação da Prefeitura de Marília no Tribunal de Justiça do Estado resultou em liminar e barrou greve por tempo indeterminado dos servidores públicos municipais de Marília, a partir da próxima sexta-feira (1°), como havia anunciado o sindicato da categoria.

Os principais argumentos da Prefeitura são que a paralisação poderá acarretar prejuízos para a população, principalmente na área da Educação, além da falta de um plano para os serviços essenciais envolvidos na greve. também argumentou que as negociações entre as partes estão em andamento.

O prefeito Daniel Alonso (PSDB) ofereceu aumento salarial de 3% e reajuste de R$ 100 no vale alimentação (atualmente está em R$ 420). O Sindicato pede aumento salarial de 23% e vale alimentação de R$ 713.

Caso descumpra a decisão, o sindicato receberá multa de R$ 10 mil por dia e os servidores terão apontamento de faltas e descontos nos pagamentos por dias paralisados.

Nesse imbróglio, o desembargador Guilherme Strenger, que concedeu a liminar, designou audiência de conciliação entre as partes na tarde desta quinta-feira (31).

“(…) afigura-se imprescindível o deferimento da liminar pleiteada, com determinação assentada no poder geral de cautela, de manutenção da totalidade dos serviços públicos do Município de Marília”, citou ele na ação.

E acrescentou: “Igualmente forçoso o acolhimento do pleito da falta e desconto na folha salarial durante os dias não trabalhados pelos grevistas (…) inexistindo prestação de serviço público, não há que se falar em pagamento de contraprestação”.


SURPRESA

O Sindicato emitiu Nota à imprensa sobre o rolo:

"O Sindicato dos Trabalhadores nos Serviços Públicos Municipais de Marília esclarece que recebeu com surpresa a decisão do TJ (Tribunal de Justiça), que decidiu suspender a greve dos servidores, acatando ação protocolada pela Prefeitura de Marília contra o movimento.

Salientamos que o nosso departamento jurídico está analisando a decisão, para que seja adotada a medida cabível ao caso. Até lá, cabe ressaltar aos servidores municipais que seguimos mobilizados e apresentaremos, na audiência de conciliação, os argumentos que justificam a greve pretendida.

Lamentamos que o senhor prefeito Daniel Alonso prefira recorrer à Justiça, ao invés de sentar à mesa de negociação e discutir, olhando nos olhos dos servidores, as reivindicações da Campanha Salarial 2022.

Agradecemos todo apoio dos servidores (as) e da população de Marília. Seguimos firmes na luta e em busca dos nossos direitos, para garantir dignidade, qualidade de vida e condições de trabalho a todos os servidores".





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