O médico psiquiatra Rafael Pascon dos Santos, de 42 anos, acusado de 16 importunações sexuais e 2 estupros contra pacientes, em Marília, foi denunciado pelo Ministério Público Estadual. O processo está sob sigilo. Agora, o caso segue para manifestação da Justiça.
O MP acompanhou termos do relatório da delegada titular da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), Darlene Rocha Costa Tosin, que apontou "provas robustas" nas investigações.
"Todas as vítimas sustentam o mesmo modus operandi do médico. Além disso, o indiciamento foi baseado na reiteração das condutas, praticadas em condições de tempo, lugar e modo de execução semelhantes, revelando unidade de desígnios e habitualidade criminosa”, mencionou a delegada.
O psiquiatra está recolhido desde o dia 22 de outubro na Penitenciária de Gália. A Justiça negou pedido de revogação da prisão preventiva dele, formulado pela defesa.
VÍTIMAS FRAGILIZADAS
Ao decretar o encarceramento do psiquiatra, a Justiça sustentou os argumentos da delegada: "Assegurar o andamento das apurações e proteger as vítimas. Em liberdade, ele poderia comprometer provas ou influenciar testemunhas, uma vez que as denunciantes estavam fragilizadas e receosas".
RELATO DE UMA DAS VÍTIMAS
“No momento em que a gente se dirigia para porta foi quando ele me abraçou e me deu um beijo na boca, mas eu virei o rosto e ele ficou beijando o meu pescoço dizendo que eu era cheirosa. Eu fiquei sem reação. Eu me afastei dele naquele momento e eu olhei o profissional. Em que eu olhei, ele perguntou se eu era tímida. Eu fiquei sem reação, não sabia o que responder e eu só queria sair daquele atendimento. Eu estava indignada com aquilo.”
SILÊNCIO
Em seu interrogatório presencial, feito pela Delegacia de Defesa da Mulher, na Penitenciária de Gália, Pascon declarou ser inocente e se recusou a responder as perguntas. A defesa sustentou que ele só falará em juízo.
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