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Foto do escritor J. POVO- MARÍLIA

Rapaz que estuprou e matou mulher em córrego conhecia vítima e cometeu crime por R$ 500


A mulher que foi encontrada morta em um córrego de Assis na véspera de Natal, no domingo (24), conhecia o assassino. De acordo com a família, o homem teria cometido o crime por causa de R$ 500.

O corpo de Andréia Aparecida Dutra, de 41 anos, foi encontrado boiando no córrego do bairro Assis 3. Ela estava despida, sem as roupas das partes íntimas, e apresentava sinais de agressão pelo corpo, segundo a perícia.

O primo da vítima, Cristiano Aparecido Dutra, revelou que Andreia era próxima da família do acusado, um jovem de 25 anos. A brutalidade do crime ainda é um choque para a família, conta Cristiano.

"Pelo que sabemos, a Andreia era conhecida da família dele, inclusive, foi criada com a mãe do indivíduo. Ninguém imaginava que isso poderia acontecer, principalmente com ela, que não fazia mal a uma formiga", pontua.

Segundo o primo da vítima, o crime teria sido motivado por R$ 500 que o acusado, que é usuário de drogas, teria descoberto ao escutar uma conversa de Andreia com uma amiga. Ele teria pedido para acompanhá-la até em casa antes de ataca-la.

"Ele matou a minha prima por causa de R$ 500 que ela havia recebido da parcela de um carro que ela vendeu. Eles estavam no mesmo local. Ela comentou com uma amiga sobre o dinheiro e depois disse que estava com dores nas pernas e precisava ir embora. Neste momento, ele chamou e disse que ia acompanha-la até sua casa", revela Cristiano.

O autor do crime foi preso na quarta-feira (27), após a Justiça decretar a prisão temporária dele. Segundo a Polícia Civil de Assis, ele foi encontrado na casa da sua ex-mulher e tentou resistir à prisão durante a ação policial.

Após ser capturado, o jovem foi interrogado e encaminhado para a cadeia de Lutécia, sendo transferido na sequência para Presidente Venceslau (SP).

Desaparecimento e abalo

Com planos de encontrar a família na véspera de Natal em Paraguaçu Paulista, cidade que fica a 37 km de Assis, Andreia não deu notícias aos parentes. O sumiço, a princípio, não assustou, mas logo chamou atenção, segundo o primo dela.

"De início, nós não percebemos o desaparecimento dela porque ela sempre foi uma menina fechada. Aí foram procurar por ela e tivemos a triste notícia", conta Cristiano.

De acordo com a família, a data de Natal era muito difícil para Andreia, que era órfã dos pais e também havia perdido um irmão. "Ela era uma pessoa sofrida. Perdeu os pais cedo e um irmão. Sempre foi batalhadora e independente", diz Cristiano.

Andreia deixou dois filhos, uma menina de quatro anos e um garoto de 16. A perda em uma data especial como Natal é uma dor que vem sendo compartilhada entre todos da família.

"Todos ficamos desolados com tudo isso. Ela foi encontrada com tórax e nariz quebrados, sem dinheiro, sem as roupas e com diversos ferimentos graves pelo corpo. Esse indivíduo matou metade de nossa família com ela", diz Cristiano.




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