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TÁ DE BOA: Ex-patrão que agrediu faxineira com ácido no rosto é ouvido pela polícia e liberado

  • Foto do escritor:  J. POVO- MARÍLIA
    J. POVO- MARÍLIA
  • 22 de jul. de 2021
  • 3 min de leitura

O idoso de 70 anos que agrediu uma faxineira, sua ex-funcionária, com ácido no rosto, se apresentou na delegacia na tarde de ontem (21), acompanhado de um advogado. Segundo a polícia, o homem negou que tenha atacado a mulher com ácido e alegou que também foi agredido. Ele foi liberado após o depoimento e o caso está sendo investigado.

Segundo o boletim de ocorrência, o idoso discutiu com a mulher após ela derrubar acidentalmente um produto de limpeza. Por esse descuido, ela foi demitida e voltou para sua casa. O idoso, então, ligou para a ex-empregada e ameaçou o filho dela, de 11 anos. Então ela foi até a casa do ex-patrão, que a recebeu arremessando a substância ácida após uma discussão. A vítima corre o risco de ficar cega de um olho.

O CASO

A faxineira Francieli Priscila Correa Froelich, de 31 anos, que teve o rosto atingido por ácido pelo ex-patrão, afirmou ter sentido uma 'dor insuportável’ após o idoso de 70 anos usar uma garrafa para jogar o líquido em seu corpo, em Catanduva (190 quilômetros de Marília).

O SBT Interior conversou com a familia da mulher. O marido disse que ela passou por atendimento médico e fez raspagem e limpeza na região dos olhos e agora se recupera em casa, ainda em estado de choque. “Ela corre o risco de ficar cega de um olho”, afirmou.

O vídeo gravado por uma testemunha registrou o momento em que o idoso saiu de uma casa segurando nas mãos um pedaço de madeira e o líquido. O caso aconteceu por volta das 16h da última segunda-feira (19), no bairro Vila Santo Antônio. Em seguida, o homem se aproximou da vítima, jogou o ácido no corpo dela e a empurrou até o meio de uma rua. Em entrevista ao G1, Francieli contou que não conseguiu fazer nada para evitar que o líquido atingisse seu corpo. Segundo ela, o homem jogou ácido muriático, que é um tipo de ácido clorídrico e só deve ser usado para limpar pisos e remover restos de cimento, junto com formol e soda. “Foi uma dor muito insuportável. As meninas do posto de saúde me lavaram. A roupa que eu estava derreteu. Meu corpo ficou todo queimado. Depois fui para o Hospital Padre Albino. Minha garganta está toda irritada e inchada", afirmou. Francieli disse que trabalhava do idoso como faxineira há quatro anos. Ela também cuidava e fazia comida para o ex-patrão. “Eu conheço o idoso há mais de 10 anos, mas trabalhava na casa havia quatro anos. Ele convivia muito com a minha família. A gente já tinha até viajado junto. Eu o tratava como um pai”, disse.

Motivos para agressão Sobre o motivo das agressões, a faxineira relatou que trabalhava na casa do idoso e na semana retrasada tropeçou em um balde com um produto que o homem preparava para vendar. “Ele ficou bravo. Vim embora para minha casa. Em seguida, fiquei doente durante uma semana e não fui trabalhar. No outro domingo, liguei para comunicar o idoso que não iria mais trabalhar”, contou. Francieli afirmou que ela e o homem discutiram durante o contato telefônico. Em seguida, trocaram insultos por motivos pessoais. “Na segunda-feira, liguei novamente porque o idoso tinha comprado uma cama e precisava vir buscar. Ele começou a me ofender e a dizer que estupraria meu filho e o jogaria no mato”, contou. A faxineira relatou ainda que perdeu a cabeça com as ameaças e resolveu ir na porta da casa do ex-patrão para tirar satisfações. “Foi quando o idoso me jogou o ácido muriático. Não deu tempo de discutir. Ele já saiu com um pedaço de pau e uma garrafa com o produto. Pensei que era cloro”, disse. Depois de ser socorrida e receber atendimento médico, o marido e o filho de Francieli foram à delegacia para registrar boletim de ocorrência por ameaça e lesão corporal. “Espero que a Justiça seja feita. É só isso que eu quero. Ele me agrediu com o pedaço de pau também. Ele bateu na minha cabeça. Eu também cheguei a agredir o idoso depois que o produto atingiu meu rosto”, complementou a faxineira.


 
 
 

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