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Traficantes de Marília integravam esquema de facção em presídio que pressionava servidor público a receber drogas e entregar dinheiro

  • Foto do escritor:  J. POVO- MARÍLIA
    J. POVO- MARÍLIA
  • 5 de nov.
  • 2 min de leitura
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A Delegacia de Pirajuí concluiu investigação que apurou ameaças e exigências ilícitas praticadas contra servidor público municipal, coagido a receber drogas e entregar mais de R$ 10 mil em dinheiro a mando de integrantes de uma facção criminosa com influência sobre a Penitenciária I No decorrer da apuração, foi cumprido mandado de busca e apreensão em Marília, na residência de uma das investigadas, onde foram apreendidas anotações e documentos que indicam movimentação típica do tráfico de drogas.

Os fatos vieram à tona em julho de 2025, quando o servidor procurou a delegacia relatando que havia sido intimidado por membros da organização, que o constrangeram a intermediar repasses financeiros e transportar entorpecentes sob ameaça de represálias.

"Em gesto de confiança nas instituições, o servidor apresentou espontaneamente a droga que lhe fora entregue sob coação, fato que confirmou a materialidade e motivou a instauração de inquérito policial sigiloso voltado à identificação dos autores e à reconstrução da dinâmica criminosa", diz a polícia.

Durante as diligências relacionadas à chamada "Operação Intramuros", a Polícia Civil realizou análises telemáticas e financeiras, além de monitorar as comunicações entre o servidor e os suspeitos, sempre sob controle da autoridade policial.

"As investigações revelaram ordens expedidas do interior do presídio e a atuação de colaboradores externos responsáveis por recolher valores e pressionar a vítima, evidenciando a estrutura organizada e hierarquizada do grupo", ressalta a corporação.

Ao final das investigações, quatro pessoas foram presas preventivamente, sendo duas que estavam em regime semiaberto e duas em liberdade, todas com vínculos diretos com a facção e participação comprovada nos delitos de tráfico e extorsão.

Com base nas provas colhidas, a autoridade policial relatou o inquérito, e o Ministério Público (MP) ofereceu denúncia pelos crimes de organização criminosa, tráfico de drogas e extorsão. A denúncia foi recebida pela Justiça e os investigados tornaram-se réus em ação penal em curso.

NOTA

"A Polícia Civil reafirma seu compromisso com o enfrentamento qualificado da criminalidade organizada, atuando com técnica e discrição na proteção de servidores públicos - e de toda a população, por via reflexa - e na repressão a estruturas delitivas que se projetam além do sistema prisional", completa, na nota.

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