O ex-presidente Jair Bolsonaro está inelegível por oito anos. Decisão nesse sentido foi referendada nesta sexta-feira (30), após o voto da ministra Cármen Lúcia. Ela deu o quarto voto favorável pela inelegibilidade do ex-presidente. Logo de início, a ministra declarou que acompanhava o relator da ação e votava pela condenação, passando a discorrer parte de seu posicionamento expresso no voto.
Os outros três votos pela condenação já haviam sido declarados pelo relator ministro Benedito Gonçalves, seguido por Floriano de Azevedo Marques e André Ramos Tavares. Os votos contra a inelegibilidade foram dos ministros Raul Araújo e Kássio Nunes Marques (hoje).
Bolsonaro foi acusado de abuso de poder político e uso de indevido dos meios de comunicação. O ministro Alexandre de Moraes também encaminhou voto pela condenação de Bolsonaro.
REAÇÃO
Em entrevistas nesta quinta-feira, Bolsonaro disse que "será um bom cabo eleitoral em 2026". Afirmou que o julgamento do TSE “não tem pé, nem cabeça”. Mesmo com remotas chances de reversão, a defesa dele anunciou que vai entrar com um recurso extraordinário no STF alegando que a decisão tomada pelo colegiado do TSE feriu princípios constitucionais.
O ROLO
O processo, movido pelo PDT, trata da reunião organizada por Bolsonaro com embaixadores, em 18 de julho de 2022, no Palácio da Alvorada. Na ocasião, o então presidente colocou em xeque a segurança do sistema eleitoral e apontou risco de fraude no pleito, sem apresentar provas. O encontro foi transmitido pela TV Brasil e pelas redes sociais da emissora pública.
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