A Polícia Militar flagrou um morador de rua depredando patrimônio privado. O ato de vandalismo ocorreu na madrugada desta segunda-feira (2 de dezembro) e vizinhos do prédio em frente filmaram parte da ação.
O proprietário da empresa que sofreu o dano atribui o fato ao retrato atual de Marília, com desemprego, aumento alarmante de pessoas em situação de rua e uso indiscriminado de drogas.
Ao caminhar pela Rua 24 de Dezembro, no centro de Marília, o homem em situação de rua parou em frente à sede do Grupo Hadassa, empresa da cidade, e passou a depredar a estrutura predial. A atitude ilógica do sujeito chamou a atenção dos vizinhos e da Polícia Militar, em ronda pela região.
O morador de rua foi abordado pela Polícia Militar, que interrompeu a ação. “Este sujeito quebrou várias estruturas e causou prejuízo à nossa empresa. É o reflexo de uma Administração Pública ineficiente. A população em situação de rua é um problema grave dessa cidade que precisa ser resolvido com urgência. Lamento o estado em que Marília se encontra por falta de políticas públicas eficazes e atentas às necessidades de toda população”, disse o CEO da empresa, Jean Patrick Garcia Baleche, o Garcia da Hadassa.
Vândalo morador de rua é flagrado pela PM depredando o prédio do grupo Hadassa
SUJEIRA, IMPORTUNAÇÕES, RISCOS E TRANSTORNOS
Moradores e comerciantes da região do Terminal Rodoviário Urbano (na Avenida Brasil) e no entorno da praça Maria Izabel, ao lado da igreja São Bento, no centro de Marília, não suportam mais a infestação de marginais e desocupados que perambulam por aquele local, fazendo arruaças, brigas, confusões, danos e furtos, além de muita sujeira e importunações, principalmente de usuários de ônibus que passam pelo local.
Uma idosa de 72 anos, residente na Avenida Pedro de Toledo, acionou a Polícia Militar recentemente para atender ocorrência, inicialmente de um eventual furto em andamento, porém, chegando ao local apurou-se tratar de uma invasão de domicílio ocasionada por uma briga, envolvendo moradores da Praça.
Os moradores, assustados, disseram aos PMS que não suportam mais tal situação e que a grande quantidade de moradores daquela Praça vem tirando o sossego dos moradores e cidadãos.
Em contato com o um dos elementos apontados, ele disse aos policiais que mora na rua e alegou que tentava se esconder e por esse motivo forçou a portada de entrada da casa.
Comerciantes da região mais exaltados estão "espatando" moradores de rua sob ameaça com porretes. A situação é calamitosa.
"MÃOS ATADAS"
O secretário municipal de Assistência Social, Clóvis Mello, disse ao JORNAL DO POVO que a abordagem a esses moradores requer "cuidados" por parte das equipes da secretaria. "Ficamos com as mãos atadas, porque eles geralmente recusam assistência e não temos como forçar a saída deles das ruas. Não queremos e não vamos repetir situações de abordagens que resultaram em condenações criminais", explicou.
Mello se referia à polêmica atuação de servidores vinculados à secretaria, na gestão passada, que foram condenados pela Justiça Criminal acusados de usar maquininhas de choque para "estimular" a saída de moradores de rua de alguns locais em Marília e "transferi-los para outras cidades".
Além dos servidores, o próprio secretário, no caso Hélio Benetti, foi condenado a um mês e cinco dias de detenção, em regime inicialmente aberto, ao pagamento de 35 dias-multa e a inabilitação para o exercício de qualquer função pública pelo prazo de 1,2 ano.
ROTINA: Briga de moradores de rua na Praça Maria Izabel
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