
A Câmara de Marília aprovou, durante sessão extraordinária nesta segunda-feira (24), a criação da Rádio Câmara FM.
O projeto de resolução de iniciativa da Mesa Diretora da Casa, chancelado pelo presidente Eduardo Nascimento (PSDB) e subscrito pelos vereadores Vânia Ramos (Republicanos) e Élio Ajeka (PP), menciona que a Rádio funcionará com toda a infraestrutura necessária para captar, processar e transmitir os sinais de radiodifusão em FM.
O projeto não cita custos com a implantação da Rádio. Apenas que tudo será pago com verbas da própria Câmara.
Nas justificativas, aponta que o rádio “está presente em todos os ambientes, sem a necessidade de atenção exclusiva, como a TV”. Acrescenta que “trata-se de um passo importantíssimo do setor de comunicação da Casa no sentido de democratizar ainda mais o acesso da população às informações sobre os trabalhos dos vereadores”.
As sessões ordinárias da Câmara de Marília por longos anos foram transmitidas por emissoras AM da cidade, sendo a última delas a Rádio Clube de Marília, contratada através de licitação e custo de cerca de R$ 7 mil mensais.
PROJETO IDÊNTICO FOI REJEITADO EM 2020
Um projeto idêntico ao agora apresentado, que criaria a Rádio Câmara FM, foi rejeitado em sessão camarária em 2020. O vereador Marcos Rezende presidia a Casa.
Oito vereadores à época votaram contra a proposta: Maurício Roberto, professora Daniela, Danilo da Saúde, Luiz Nardi, Marcos Custódio, José Luiz Queiroz, Albuquerque e Damasceno. Justificaram ser desnecessário altos gastos com instalação da rádio, uma vez que já existia a TV Câmara, com ampla estrutura.
A favor do projeto votaram João do Bar, Cícero do Ceasa, Mário Coraíni, Evandro Galete e Marcos Rezende.
Na atual legislatura, estão a professora Daniela, Danilo da Saúde, Luiz Nardi, Marcos Rezende Evandro Galete e Marcos Custódio.
O projeto técnico de instalação da emissora já tinha sido protocolado e aprovado pelo Ministério de Estado da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações. A rádio já tinha também o prefixo definido (106,9 MHz) e funcionaria 24h por dia com programação própria e equipe vinculada à Diretoria de Comunicação Social da Câmara de Marília.
CARGOS
O Projeto que criou a Rádio Câmara FM institui, a princípio, que os servidores da emissora estarão subordinados à Diretoria de Comunicação Social da Câmara, cargo ocupado, atualmente, pelo jornalista Ronaldo Cabral Medeiros.
No entanto, uma emenda, de autoria do vereador Dr. Sérgio Nechar (PSB), possibilita a criação do cargo de diretor ou gerente de rádio, que exige formação superior para ocupá-lo.
"No caso de criação de cargo específico para dirigir ou gerenciar a Rádio Câmara FM, a função só poderá ser exercida por um profissional com formação superior em Comunicação Social, com pelo menos uma das habilitações: jornalismo, radialismo, televisão, relações públicas, publicidade e propaganda, editoração ou rádio e TV, devidamente reconhecidas pelo Ministério da Educação (MEC)".
De acordo com o presidente Eduardo Nascimento "de início, não haverá contratações, até porquê, não existe estrutura para o funcionamento. Mas quando a rádio estiver pronta para operar, a ideia é realizar um concurso público para efetivar os profissionais".
Vale lembrar que o Projeto que criou a Rádio Câmara FM também obteve aprovação da Comissão de Finanças, Orçamento e Servidor Público.
"A proposta da Mesa da Câmara que analisamos, visa criar a Rádio Câmara FM no Poder Legislativo Municipal. A Mesa argumenta que, além da cobertura de Plenário, a Rádio poderá repercutir as diferentes correntes políticas da Casa e temas polêmicos de interesse público, ouvir especialistas e explicar a repercussão das decisões parlamentares na vida dos cidadãos. Explana que trata-se de um passo importantíssimo do setor de comunicação da Casa no sentido de democratizar ainda mais o acesso da população às informações sobre os trabalhos dos vereadores do Município de Marília, aprofundando a transparência e estimulando os cidadãos a assumirem uma posição proativos na condução dos destinos de nossa cidade. Nestes termos, nada temos a opor", diz o parecer, assinado pelo presidente da Comissão, Júnior Féfin (União).
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