Um morador de rua que ameaçou de morte e ofendeu com palavrões um atendente do Centro Pop (órgão da Prefeitura que faz triagens de pessoas nesta situação) foi condenado a 8 meses e 5 dias de detenção, no regime inicial semiaberto. Cabe recurso à decisão da juíza Josiane Patrícia Cabrini Martins Machado, da 1ª Vara Criminal do Fórum de Marília e o acusado poderá recorrer em liberdade.
Conforme os autos, Wellington Rafael dos Santos Pereira, vulgo "Piá", no dia 27 de novembro de 2019, às 8h55, na Rua Quatro de Abril, onde funciona o Centro Pop, desacatou André Luiz Martins, funcionário público, no exercício das funções e em razão delas, com palavrões, tendo também o ameaçado, dizendo "vou pegar um ferro lá embaixo e vou acender os irmãos" e "vou arrancar sua buchada fora".
A vítima André Luiz, policial militar da reserva, na fase inquisitiva, declarou que, na data dos fatos, por volta da 9h, operava como Assessor dos Direitos Humanos no Centro POP (Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua). Em dado momento, o acusado chegou e tentou ocupar lugar na fila à frente dos outros, razão pela qual pediu ao réu que se encaminhasse até o final dela. Assim, Wellington passou a proferir ofensas e ameaças.
Depois disso, a diretoria do órgão suspendeu o réu por 30 dias e, passados algum tempo, o acusado retornou ao local e passou a xingar André Luiz, novamente, tendo ido embora em seguida.
Testemunhas relataram que o acusado sempre gera problemas, vez que já havia sido registrado demais boletins de ocorrência contra ele por condutas praticadas contra outros funcionários.
DEFESA
O acusado, judicialmente, disse que, no dia dos fatos, estava mesmo na fila do banho do Centro POP, porém não passou à frente das pessoas, já que era o quarto ou quinto. Narrou que, quando chegou para passar pela recepção, a vítima bateu a mão em seu peito e acabou se alterando com a vítima foi por ter interpretado aquele gesto como agressão.
Disse que, se tivesse feito aquilo da porta para fora, iria se defender. Após o fato, foram para a delegacia e a vítima registrou boletim de ocorrência. Contou que teve ciência de que estaria afastado por 30 dias do Centro POP, retornando lá para pegar suas coisas. Questionado pelo membro do Ministério Público, confessou ter xingado a vítima.
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