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CASO LEVI: Promotoria pede que Polícia Civil aprofunde investigações sobre motivações para o crime

  • Foto do escritor:  J. POVO- MARÍLIA
    J. POVO- MARÍLIA
  • 20 de dez. de 2022
  • 4 min de leitura


O Ministério Público Estadual analisou o relatório final do Caso Levi e solicitou que a Polícia Civil aprofunde em 30 dias as investigações sobre as motivações que teriam levado o autônomo Alessandro Pereira dos Santos, o Coxinha, de 50 anos, a eventualmente participar do atentado contra o ex-secretário municipal da Fazenda e atual chefe de gabinete da Prefeitura, Levi Gomes de Oliveira, de 65 anos.

Levi reconheceu Coxinha com "absoluta certeza e convicção" como autor dos disparos, em sessão de reconhecimento na Delegacia de Investigações Gerais (DIG), que apura o caso.

O inquérito foi enviado ao MP pelo delegado Luiz Marcelo Perpétuo Sampaio, titular da especializada, no início deste mês, com o relatório final apontando Coxinha como "possível autor dos disparos". Caso está com o promotor Rafael Abujamra.

“Esta Promotoria de Justiça entende necessárias maiores esclarecimentos para a formação de sua ‘opinio deliciti’. Assim, requeiro o retorno dos autos à delegacia de origem para que a autoridade policial promova a reinquirição da vítima após o reconhecimento dos autos dos disparos, para que ela esclareça se possui alguma desavença com o indiciado ou algum grupo à que ele pertença, bem como se tem conhecimento acerca da motivação do crime”, cita o despacho do MP.

ESTAVA EM CASA

Em depoimento, o acusado negou envolvimento no crime. Afirmou que no dia e hora do atentado estava em sua casa, na Zona Oeste de Marília. A Polícia Civil fez buscas durante as investigações na casa dele, mas nada foi localizado. O caso segue sob segredo de justiça.

O relatório aponta que somente cartuchos de pistola calibre 380 foram encontrados no local do atentado, na Zona Leste de Marília, por volta das 5h da manhã do dia 27 de abril deste ano. Não havia no local projéteis, indicando que os autores do crime pretendiam apenas "dar um susto" no secretário.

MOTIVAÇÃO

O Ministério Público quer que a Polícia ouça novamente Levi Gomes para detectar eventuais motivações do crime. Na época do atentado, em abril deste ano, o secretário disse em entrevista à imprensa que " não tem ideia de quem possa estar por trás do atentado" e que não vinha recebendo ameaças.

"Não consigo entender o motivo disso aí! Estou lá (secretaria) há cinco anos e quatro meses, óbvio que desagradei muita gente, mas nunca imaginei que pudesse chegar a esse ponto o fato de ter agido corretamente, nunca imaginei!", afirmou.

INVESTIGAÇÕES PARALELAS

Em seu depoimento na DIG, Coxinha disse ter realizado "investigações paralelas" e apontou alguns fatos que considera "importantes" sobre o caso.

VEÍCULO NAS IMAGENS

No dia 27 de outubro, a Polícia Civil divulgou um vídeo de câmera de segurança mostrando o carro usado no atentado (um Honda Fit, cor prata).

Outras câmeras de segurança filmaram o veículo circulando pelas redondezas do Bairro Maria Izabel, na Zona Leste, onde foi registrada a ocorrência.

Mesmo o vídeo com melhor qualidade não possibilitou identificar a placa do carro utilizado. Além do automóvel, também é possível ver o vulto de Levi na gravação. O automóvel foi estacionado próximo à casa de Levi antes de ele sair para sua caminhada diária, por volta das 5h da madrugada.

O JORNAL DO POVO apurou que a DIG recebeu informações que o referido veículo seria de Campinas. Foram levantadas imagens estratégicas de várias praças de pedágios nas saídas de Marília.


A Polícia Civil apreendeu em julho várias armas e munições durante as investigações desse caso. Agentes da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Marília cumpriram cinco mandados de busca e apreensão na cidade e em Oriente. Durante a ação, foram apreendidos uma pistola calibre 45 importada, um revólver 357 e uma espingarda, além de munições de vários calibres, diversos celulares e cheques.

Os cheques foram apreendidos na casa de A. (reconhecido por Levi Gomes) na Zona Oeste de Marília. Não havia armas no local.

As armas apreendidas em Oriente são de uso legal e tinham numeração, mas não possuíam registro. Por isso, dois responsáveis pelo armamento foram autuados em flagrante por porte ilegal de arma de fogo e liberados após pagamento de fiança.


O CASO No dia 27 abril, Levi Gomes denunciou ter sofrido uma tentativa de homicídio no Bairro Maria Izabel. Ele havia saído para caminhar, por volta das 5h, quando foi surpreendido por uma dupla armada que estava em um carro. Ele contou aos policiais que notou um carro diferente estacionado na rua e que, quando passou pelo veículo, o motorista saiu em alta velocidade até perto da Santa Casa e parou. O secretário disse que estranhou, mudou o roteiro e se escondeu atrás de uma vegetação. Foi quando o carro parou em um cruzamento e o passageiro colocou o braço para fora com uma arma em punho. O homem teria feito três disparos. Levi disse que rastejou e correu após os disparos. Já o motorista do carro saiu em direção ao Bairro Cascata e o veículo não foi mais visto. A Polícia Militar foi acionada e a perícia técnica da Polícia Civil também esteve no local, onde três cartuchos foram achados. Não havia marcas de projéteis em muros, árvores ou obstáculos.




 
 
 

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