O ex-prefeito Abelardo Camarinha voltou a cena nesta sexta-feira (28), ao falar nos microfones da Rádio 950. Reclamou de estar isolado pelo governo do filho, Vinicius Camarinha. "Nunca fui chamado para reunião, apesar da minha vasta experiência como três vezes prefeito e deputado. Não sou ouvido, não sou convidado. Estou parecendo vassoura velha", disse. "Eu sirvo para eleger usando o sobrenome, mas não sirvo para ajudar nos projetos, ideias, ajudar a melhorar a qualidade do governo".
Repetiu: "não pode usar Camarinha para se eleger e não colocar médicos e remédios nos postos de saúde". Reclamou dos atendimentos na UPA da Zona Norte e no PA Sul. "Não tem papel higiênico, médicos, enfermeiras, macas... As pessoas ficam no mato sem cachorro. Tem que focar na saúde, prefeito".
O ex-prefeito cutucou também o marketing digital de Vinicius. "Não adianta só mídia, só celular. Tem que ver o sofrimento do povo urgentemente, povo morrendo na fila, tem fila pra tudo".
Sobre a dengue, disse que é necessário contratar mais equipes para ajudar na limpeza da cidade.
O ex-prefeito também criticou o transporte público. "Essa Circular (Grande Marília e Sorriso de Marília) manda na cidade. Não passa nos horários, não para para idosos, não roda aos domingos, sem organização e tarifas mais caras do Brasil. O prefeito tem que colocar ordem nessa Circular", enfatizou Camarinha.
No discurso pela Rádio, o ex-prefeito disse ainda que os prefeito Bulgareli, Vinicius (primeiro mandato) e Daniel Alonso não construíram nenhum poço, casas e escola.
"Ando pelas feiras e estou ouvindo o povo. Temos filas para por criança na escola, tá parecendo Roraima, final da África", comparou.
AÇÕES POSITIVAS
Em meio às críticas e cutucadas, Camarinha também teceu elogios à gestão de Vinicius. "Tem ações positivas, ninguém pode negar. Ações boas para a população e o município. Meus cumprimentos, mas temos que chamar a atenção para problemas que se agravam cada dia mais". Acrescentou: "O governo vai bem em vários setores, temos que cumprimentar, mas tem sujeira embaixo do tapete".
Camarinha pediu desculpas pelo desabafo e finalizou: "a crítica não é à pessoa, é nas politicas públicas, não pode faltar remédios, faltar médicos".
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